Autor: Sidnei Maschio
A Secex, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, divulgou nesta terça-feira (06), o balanço das exportações de carne bovina do Brasil em julho, dando números finais pra este que já tinha sido consagrado como o melhor mês da história, considerando a quantidade despachada lá pra fora. Conforme veio escrito no relatório distribuído na praça, o caso acontecido foi que o volume embarcado agora chegou a nada menos que 237,26 mil toneladas do produto in natura, o que representou um espantoso crescimento de 47,6% em relação ao período correspondente do ano passado. E repare o companheiro pecuarista que, antes deste, o mês recordista era o maio deste 2024 mesmo que, pelo jeito que o vento tá batendo no eito, também tá indo no mesmo trieiro pra ser o melhor de todos, né.
Já o dinheiro recebido pelos frigoríficos exportadores brasileiros por este tanto de mercadoria somou a impressionante quantia de um 1,46 bilhão de dólares, com um fortíssimo aumento de 37,2%, fazendo sempre a mesma comparação. Mas repetindo o que a gente tem falado aqui todo mês nestes tempos recentes, né, mais uma vez o companheiro boiadeiro que é ligeiro nas contas já percebeu que, se o volume vendido subiu percentualmente mais do que o valor recebido, a explicação só pode ser porque o preço do produto caiu, né. Pois então, no mês passado a cotação da carne brasileira, que continua descendo a ribanceira, ficou na média de 4,4 mil dólares por tonelada, o que vem a ser 7% a menos do que tinha sido registrado em julho do 2023.
E já pedindo perdão pra amiga fazendeira por abusar da numerologia, ainda falta falar que, nos sete meses já vencidos neste 2024 que tá avançado já na sua metade derradeira, os embarques daqui lá pra fora chegaram agora a um 1,37 milhão de toneladas, o que também vem a ser o melhor resultado da história na soma destes meses considerados. Passando o traço nesta conta e indo já pro arremate da prosa, pelo andar do carretão dificilmente este ano presente deixará também de ser o recordista em volume exportado, né. E a explicação pra esta situação atual, que aliás já é do conhecimento geral, é que, primeiramente, o Brasil tem atualmente o boi mais barato da praça mundial, e segundamente, a questão cambial, com o dólar muito valorizado em relação ao real, que tá favorecendo demais a competitividade da nossa carne diante dos nossos concorrentes no mercado internacional.