Por motivo de outras pendências de igual urgência pra resolver, a gente acabou não tendo tempo de comentar aqui com os companheiros e companheiras produtores brasileiros o resultado do primeiro leilão de agosto na GDT, aquela grande plataforma de negociação da cooperativa neozelandesa Fonterra, que influencia o setor leiteiro no mundo inteiro, né. Pois então, pra não deixar ninguém desinformado fiquem já os amigos sabelizados de que, neste evento realizado no último dia seis, o preço médio dos derivados negociados ficou em US$3.680 por tonelada, com um ligeiro aumento de 0,5% em relação ao pregão anterior, que tinha sido acontecido duas semana antes. Já o volume comercializado somou 35.965 toneladas, com um fortíssimo crescimento de 56,7%, na mesma comparação.
Desta vez os preços dos principais produtos apresentados pra venda tiveram comportamentos variados e andaram em direções desencontradas. Entre os que foram no rumo de morro acima, a muçarela registrou uma substanciosa alta de 8,4%, saindo a US$4,5 mil por tonelada, enquanto o leite em pó integral, que aliás é o derivado mais negociado na GDT, subiu 2,4%, indo pra US$3.259. Já o leite em pó desnatado foi pro lado contrário e fechou o dia com uma queda de 2,7%, valendo US$2.539. Simplificando a explicação pra esta situação atual, os produtores tão aproveitando uma ligeira melhora da demanda mundial pra diminuir o estoque de mercadoria que tava guardado na câmara fria.
Já a respeito dos efeitos deste resultado aqui pro nosso mercado caseiro, o pessoal do portal Milkpoint lembra que, em primeiro lugar, praticamente cem por cento de tudo o que a gente compra no estrangeiro vem da Argentina e do Uruguai, que são nossos parceiros no Mercosul. O caso então é que, pelas circunstâncias e conjuminâncias atuais, e considerando os preços do leite e dos laticínios em geral aqui e nos principais países importadores do setor, pros fornecedores argentinos e uruguaios continua sendo muito mais vantajoso vender pras indústrias e pros grandes distribuidores do Brasil, mesmo com a disparada do valor do dólar em relação ao real, o que encarece todos os produtos trazidos lá de fora, né. E pelo jeito que o vento tá batendo do eito, pro produtor brasileiro o caso é de se preparar porque não vai ser tão já que esta situação vai mudar.