A Abrafrigo, que é a Associação Brasileira de Frigoríficos, divulgou na semana passada o seu balanço das nossas exportações totais de carne, que é a soma do produto in natura com o industrializado, em agosto, e o resultado foi merecedor de estralo de rojão e comemoração da parte do povo do setor. O caso foi que, de acordo com os dados ajuntados pela Secex, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, o volume despachado lá pra fora foi o maior da história em um único mês, chegando a 301.951 toneladas, o que representou um fortíssimo aumento de 31,5% em relação ao período correspondente do ano anterior. Pena que o preço médio não tenha acompanhado, caindo de US$4.187 por tonelada em agosto do ano passado pra US$3.716 agora.
Por conta disso, o faturamento total dos exportadores brasileiros foi de US$1,122 bi, com um crescimento bem mais moderado, de 16,7%, considerando sempre a comparação anual, né. Repare a companheira pecuarista que, fazendo a conta desde janeiro, a China continuou na ponteira da lista dos nossos maiores fregueses neste mercado, tendo comprado pouco mais de 796,8 mil toneladas, ou 9,5% a mais do que nos mesmos meses de 2023. O interessante é que, apesar deste aumento no volume importado, a participação chinesa nas vendas do Brasil caiu proporcionalmente de 48,1% no ano passado pra 39,2% no ano presente.
O lado bom desta situação é que ela é o resultado de uma diversificação da nossa freguesia, com a diminuição da dependência dos exportadores brasileiros dos compradores do gigante lá do oriente distante, né. Já o caso passado com os Estados Unidos, o nosso segundo melhor cliente na praça internacional, foi bem diferente, com os embarques daqui pra lá registrando um extraordinário crescimento de nada menos que 103,7% d2 2023 pro 2024. O volume negociado mais do que dobrou, passando ligeiramente de 334,3 mil toneladas. E os Emirados Árabes Unidos firmaram pé no terceiro lugar da relação, tendo arrematado de janeiro a agosto 114,1 mil toneladas, o que vem a ser 191% a mais do que eles tinham comprado no mesmo espaço de tempo do ano passado.