O IBGE, que é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou na semana passada o resultado final da sua pesquisa a respeito da produção pecuária municipal em 2023, e os números publicados no relatório serviram pra medir e pesar as coisas que os companheiros e companheiras fazendeiros já tava vendo e sabiam que tavam acontecendo no mercado, mas que tavam carecendo de mais tempo de prosa pro seu melhor entendimento. Pois então, a primeira informação de relevância apurada pelos especialistas da instituição é que, no ano passado, a boiada que tava sendo criada pelos pecuaristas brasileiros era a maior já registrada da história do setor, chegando a 238,6 milhões de animais. Comparando com o ano anterior, esse rebanho representou um aumento de 1,6%.
Destrinchando os dados levantados, Mato Grosso continuou sendo o estado dono do maior rebanho brasileiro, com 14,2% do total, enquanto o maior município boiadeiro do Brasil passou a ser São Félix do Xingu, no Pará. De acordo com os técnicos do IBGE, a parte principal da explicação pra este resultado é o fato de que o mercado ainda tava sendo influenciado pela retenção de fêmeas, pra produção de bezerros, mas do meio pro final do ano o aumento no abate de vacas e novilhas foi o primeiro sinal de que o ciclo da atividade já tava começando a mudar. De qualquer maneira, no 2023 a indústria frigorífica brasileira fez o segundo o maior abate de gado já registrado no país, com 34,1 milhões de animais levados ao gancho em estabelecimentos oficiais.
Abatendo mais machos do que fêmeas ao longo do ano, o peso médio das carcaças produzidas foi o maior desde que a produtividade da nossa atividade também passou a ser referência mundial pra pecuária tropical. Já os embarques de carne in natura daqui pro estrangeiro tiveram um ligeiro crescimento de 0,7%, o que foi o suficiente pra fazer do 2023 o melhor ano da história do nosso setor exportador. E o que também andou neste mesmo trieiro foi a produção leiteira brasileira, que foi igualmente a maior da história, tendo chegado a 35,4 bilhões de litros. E repare o companheiro fazendeiro que o número de vacas ordenhadas ficou em 15,7 milhões de cabeças, com uma redução de 1% de um ano pro outro.