Os companheiros e companheiras fazendeiros decerto que tão acompanhando bem de perto o andamento das exportações brasileiras de carne in natura no ano presente, e logicamente tão admirados com os extraordinários resultados registrados até agora, né. Pois então, o que tem pra se contado é que não carece mais de esperar, porque a hora de soltar rojão e fazer comemoração acaba de chegar. Conforme as contas feitas pelo médico veterinário Hyberville Neto, diretor e analista da consultoria HN Agro, considerando só os dados apurados nas quatro primeiras semanas de outubro, e faltando ainda quatro dias de serviço pra trocar a folha do calendário, o volume embarcado já tinha chegado a 236,2 mil toneladas, o que já era a maior quantidade exportada num único mês desde que o Brasil virou cachorro grande neste mercado.
Mais ainda do que isso, considerando toda a carne que foi despachada daqui pro estrangeiro desde o primeiro dia de janeiro até o derradeiro de setembro, o total bateu em 1,85 milhão de toneladas, né. Isso representou um fortíssimo aumento de 29,7% na comparação com o período correspondente do 2023, e ficou só oito por cento abaixo de tudo o que foi exportado no ano passado inteiro. Pois quando entrou outubro, aí que a fome da nossa freguesia destampou de vez, e o resultado foi que, só nas quatro semanas vencidas até o 25, quase uma semana antes do fim do mês, o tanto de mercadoria mandado lá pra fora já tinha chegado a 236,2 mil toneladas, elevando a soma geral do ano presente pra 2,8 milhões de toneladas.
Essa quantidade significa um crescimento de 3,8% sobre o resultado somado dos doze meses do 2023, o que já deixa então o 2024 consagrado como o campeão na história deste mercado, independentemente de quanto for embarcado daqui até o final de dezembro. Esticando agora a vista e olhando logo ali na frente, fique o amigo pecuarista sabelizado de que, na previsão do USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que é o equivalente ao ministério lá no governo deles, no 2025, com a esperada redução na oferta e aumento no preço do gado terminado, as exportações brasileiras devem ter uma alta bem mais moderada, de 0,7%. Assim mesmo, sendo isso confirmado, será pela terceira vez seguida o melhor ano de todos os tempos pra nossas vendas externas de carne bovina. Pois tomara que vire rotina, né.