A Secex, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, deve anunciar ainda esta semana o resultado oficial das exportações brasileiras de carne bovina em outubro, com a confirmação de que, falando em volume embarcado, este foi o melhor mês da história do setor e, mais ainda, que este 2024 já é, igualmente, o melhor ano de todos os tempos pros frigoríficos brasileiros que vendem lá no estrangeiro, né. Pois então, enquanto a gente espera a divulgação, o pessoal da Consultoria Agrifatto tá convidando os companheiros e companheiras boiadeiros a tomar conhecimento do comportamento recente do principal responsável por esta situação atual, a China, que continua sendo, disparado na frente, o maior comprador do produto brasileiro no mercado internacional.
O caso que tem pra ser contado é que, depois de reduzir suas compras de julho pra agosto deste ano, deixando seus fornecedores muito ressabiados com este procedimento, o gigante lá do oriente distante se animou denovo e, em setembro, importou nada menos que 135,48 mil toneladas. Este tanto de mercadoria representou um aumento de 26,7% em relação a agosto, e de 2,5% sobre setembro do 2023, sendo assim o maior volume mensal despachado pra lá nos últimos vinte e quatro meses. Mas repare a amiga pecuarista que, além da quantidade importada, os compradores chineses também foram obrigados a aumentar o preço pago pela carne brasileira, que eles mesmos vinham derrubando e pisoteando desde o começo do ano passado.
Conforme os números levantados pela Agrifatto, o valor médio do nosso produto mandado pra lá saiu de US$4.439 por tonelada, neste julho de 2024, pra US$4.623 na metade fechadeira do outubro recém terminado, o que dá um reajuste de 4,8% neste curto período considerado. Mas a partir da derradeira semana do mês passado esta arribada ganhou ainda mais sustância e substância, com o registro comprovado de negócios sendo fechados com o dianteiro a US$5.200 por tonelada, o que significa um aumento de 8,3% só do meio pro final do mês. A conclusão lógica é que, mais cedo do que era esperado, os exportadores brasileiros tão conseguindo repassar pra sua freguesia chinesa a alta no custo do gado terminado, que é a matéria prima da sua mercadoria, né.