Conforme já foi falado aqui e disso os companheiros e companheiras boiadeiros já tão sabelizados, a Secex, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, divulgou no meado da semana passada o balanço das exportações brasileiras de carne bovina in natura em outubro, mas por conta da correria do dia a dia a gente acabou não tendo tempo de tratar o assunto com a devida e merecida atenção. Pois então, o que tem pra ser contado é que o relatório distribuído na praça confirmou tudo o que tava sendo esperado e foi recebido pelo povo do mercado com estralada de rojão e grande comemoração. O caso foi que o volume embarcado chegou a 270,3 mil toneladas, o que representou um espantoso aumento de 45,2% em relação ao período correspondente do ano passado.
Com este resultado, o mês passado foi consagrado com a glória de ser nada menos que o melhor da história, desbancando desta posição justamente o seu predecessor no calendário, o setembro deste ano presente. Já o faturamento dos frigoríficos exportadores chegou na fantástica soma de um 1,259 bilhão de dólares, com um fortíssimo crescimento de 47,2%, fazendo sempre a comparação anual, né. E a amiga pecuarista nem precisa ser doutora especialista em matemáticas e aritméticas pra ver logo que, e depois de passar muito tempo largado na descida da ribanceira, o preço médio da carne brasileira finalmente reagiu e subiu lá nas praças estrangeiras, indo pra US$4.660 por tonelada, ou 1,4% a mais do que no outubro de 2023.
Aí, com estes números assim tão generosos, ainda dois meses antes de chegar ao fim este 2024 já é o melhor ano de todos os tempos pro nosso setor exportador, superando o ano passado, que até então tava ocupando esta posição. Pra não chover no molhado, a gente nem vai esticar muito a explicação a respeito dos motivos deste extraordinário crescimento dos embarques pro estrangeiro, até porque o companheiro boiadeiro já tem perfeito conhecimento de que a situação atual é resultado principalmente da conjuminação entre a queda no preço do boi brasileiro e a disparada do dólar em relação ao real, né. Olhando então daqui pra frente, a previsão pra 2025 é de redução da oferta e de alta na cotação da nossa carne, mas assim mesmo o volume exportado deve continuar aumentando, só que numa toada bem mais compassada.