O ano velho terminou, um novo começou no lugar dele, o povo todo comeu, bebeu e comemorou, mas ninguém ouviu falar, em lugar nenhum, de alguma vaca que parou de produzir pra festejar, de modo então que o mercado continuou trabalhando e a gente já tem aqui pra comentar com os companheiros e companheiras produtores brasileiros o resultado do primeiro leilão de 2025 na plataforma GDT, a Global Dairy Trade, que serve de baliza pro setor leiteiro no mundo inteiro. Pois o caso foi que, nesta venda realizada na terça-feira passada, dia sete, o preço médio dos produtos comercializados escorregou pra US$4.029 por tonelada, o que representou uma queda ligeira de 1,4% em relação ao pregão anterior, o derradeiro do 2024, que tinha sido acontecido duas semanas antes.
No mesmo rumo de morro abaixo foi o volume de derivados negociados, que ficou em 30.156 toneladas, com uma redução um pouco mais substanciosa de 6,1%, fazendo sempre a mesma comparação, né. Destrinchando e fatiando o relatório distribuído na praça pelo pessoal da Cooperativa Fonterra, da Nova Zelândia, que é a organizadora dessa grande concertação, repare a amiga pecuarista que os produtos da lista apresentaram comportamentos variados. Entre os que subiram, a maior alta foi da muçarela, que saiu agora por US$4.173 por tonelada, com uma melhora de 3,6% de um leilão pro outro. Já o leite em pó desnatado foi pro lado contrário e caiu 2,2%, pra US$2.682.
O leite em pó integral, que é o produto mais negociado na GDT, andou nessa mesma toada, registrando uma queda de 2,1% e voltando pra US$3.804. De acordo com os especialistas da Fonterra, a parte principal da explicação pra esta situação atual é o esfriamento da demanda no mercado internacional, o que é perfeitamente normal e esperado pra esta época do ano. Já a respeito de qual vai ser o efeito deste leilão aqui no nosso próprio terreiro, o pessoal do Portal Milkpoint lembra que, como o Brasil compra leite e derivados praticamente só do Uruguai e da Argentina, onde os preços já tão muito salgados, pra gente não deve mudar nada. Mas juntando isso com a disparada do dólar em relação ao real, pros laticínios e distribuidores brasileiros a conta da importação tá ficando cada vez mais pesada.