A época de fazer festa acabou, o ano novo começou, a gente nem viu mas o Brasil voltou a funcionar e, com o avançamento do tempo, que continua querendo apostar corrida com o cavalo rei dos parelheiros pra ver quem é o mais ligeiro, o janeiro já tá chegado nos seus dias derradeiros. Pois então a hora agora é boa pra assuntar como é que tá sendo o comportamento dos nossos principais fregueses no mercado internacional de carne, a China e os Estados Unidos da norte américa, que tiveram participação fundamental nos excelentes resultados registrados pelo setor exportador brasileiro no ano passado. Pois então, começando pelo gigante nortista, de acordo com dados pesquisados pela consultoria Agrifatto, só nas três primeiras semanas deste mês, os compradores estadunidenses arremataram toda a cota que o Brasil pode vender pra lá sem ter de pagar imposto pra entrar.
Esta rapidez confirma mais uma vez que a quantidade determinada pelas autoridades alfandegárias norte-americanas, de míseras 65 mil toneladas, é injustamente pequena pra capacidade de fornecimento da pecuária brasileira e pra atual necessidade do mercado local, e precisa ser urgentemente aumentada. De qualquer maneira, mesmo tendo de pagar taxa de importação o povo lá continua comprando mais mercadoria da gente, porque a produção deles não tá dando conta de atender à sua freguesia interna. A explicação é que os Estados Unidos têm hoje o menor rebanho bovino da sua história, e tão dependendo do produto importado pra abastecer o seu próprio mercado, que é um dos maiores do mundo. No ano passado, eles compraram do Brasil um total de 189 mil toneladas, ou 94% a mais do que em 2023.
A questão é saber se aquele senhor do cabelo amarelo sentado na cadeira presidencial não vai querer fechar a porteira pra carne brasileira, né. Já a respeito da China, que continua sendo disparado o nosso melhor cliente na praça, com compras de um 1,32 milhão de toneladas no 2024 recentemente terminado, a situação atual é bem diferente. O caso é que o mercado tá praticamente parado, porque o gigante do oriente distante já tá em plena festa do ano novo lá do calendário deles, e aí a população chinesa não pensa nem faz mais nada além de participar desta tradicional comemoração. Agora em 2025, o dia certo é exatamente o 29 de janeiro, justamente esta quarta-feira, quando começa oficialmente o ano da serpente. E pra gente o jeito é esperar pra ver de que lado esta cobra vai querer andar quando o povo lá quiser voltar a negociar.