Conforme a gente até já tinha falado aqui na nossa função de abertura da semana presente, a Secex, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, divulgou no fechamento da semana passada o seu balanço das exportações de carne bovina in natura em janeiro, né. Mas como o tempo tava apertado e porque a correria não ajuda no entendimento, e tendo hoje mais prazo de prosa e pensamento, os resultados apresentados vão ser destrinchados e devidamente explicados agora. Pois então, de acordo com o relatório distribuído na praça, o caso acontecido foi que os embarques do produto brasileiro lá pro estrangeiro somaram 180,5 mil toneladas, o que representou uma ligeira redução de 0,7% em relação ao período corresponde de 2024.
Já o dinheiro arrecadado pelos frigoríficos exportadores chegou a US$907,6 milhões, e aí o que aconteceu foi um forte engordamento de 10,4%, fazendo a mesma comparação. E repare agora a companheira fazendeira que este foi nada menos que o maior faturamento da história pra um mês de janeiro desde que o Brasil virou cachorro grande no mercado. Nem seria carecido dizer isso aqui, mas logicamente que, tendo o valor recebido pelo vendedor aumentado percentualmente mais do que o volume vendido, só pode ser porque o preço subiu, né. Na média de janeiro, o produto brasileiro foi negociado por US$5.028 por tonelada, com um substancioso aumento de 11,2%, pareando com o que tinha sido registrado em dezembro do ano passado.
Passando o traço e fechando o compasso, a conclusão é que, mais uma vez, o desempenho da exportação no mês em questão foi merecedor de grande comemoração, por vários motivos. O primeiro deles é a continuação da recuperação do preço da nossa carne lá fora, por conta do esmagrecimento da oferta, com a queda da produção nos Estados Unidos e o crescimento moderado dos embarques da Austrália. Já a respeito do ligeiro encurtamento do volume exportado agora, carece de fazer a recordação de que a comparação tá sendo feita com o melhor janeiro de todos os tempos em relação à quantidade de produto despachado pro estrangeiro. Assim mesmo, a previsão dos especialistas é de aumento das exportações brasileiras, mas isso se o novo presidente estadunidense, aquele senhor do cabelo amarelo e idéias expansionistas, não resolver atrapalhar com a sua raiva protecionista, né.