O IBGE, que é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou nesta terça-feira, 11, o resultado preliminar da sua pesquisa trimestral do abate de animais no país nos três meses derradeiros do ano passado, o que, conforme é da sabedência dos companheiros e companheiras boiadeiros, é uma informação de importância fundamental como referência pro mercado em geral, né. Pois então, de acordo com o relatório distribuído na praça, na parte que trata do gado bovino foram pro gancho um total de 9,48 milhões de cabeças, isso debaixo de algum tipo de serviço de inspeção sanitária oficial, municipal, estadual ou federal. Repare agora o amigo pecuarista que, comparando com o período correspondente de 2023, estes números representaram um aumento de três e meio por cento no volume abatido.
Já pareando com o trimestre anterior e seu predecessor, o vento virou pro lado contrário e o caso foi uma queda de 8,6%. Esta gigantesca boiada recebida pelos frigoríficos no país renderam a produção de 2,48 milhões de toneladas de carcaças, com um crescimento anual de 1,8%, mas com uma redução de 9,9% na comparação com a soma dos meses de julho, agosto e setembro do 2024. Estes resultados ainda vão passar por uma conferência antes de serem confirmados, mas de qualquer maneira a companheira fazendeira já pode ter uma ideia muito próxima dos números acumulados ao longo do ano passado. E aí o que tem pra ser contado é que o total de animais abatidos chegou a nada menos que 39,18 milhões de cabeças.
Com um forte crescimento de 15% em relação a 2023, este volume vem a ser simplesmente o maior já registrado na história da pecuária brasileira, de acordo com as contas feitas pelo pessoal da Consultoria Agrifatto. Merece muita atenção também a participação das fêmeas nos abates do ano passado, que chegou a 16,9 milhões de animais, ou 19% a mais do que no ano retrasado. Isso corresponde a 43,1% do total, sendo o maior nível dos últimos 18 anos. Fazendo então a recordação de que quem manda no boi é a vaca, esta quantidade de fêmeas levadas ao gancho pode significar o fim do ciclo de baixa da nossa atividade e, se a lógica não for desrespeitada, daqui pra frente o fazendeiro vai segurar os animais desta categoria na propriedade pra voltar a investir na cria. E tomara que não demore mais, né.