Os companheiros e companheiras boiadeiros que são fornecedores de gado pros frigoríficos exportadores brasileiros já tão acostumados com o comportamento costumeiro deste mercado e têm bem sabedência, pela própria experiência, de que o movimento em janeiro, falando de volume embarcado, sempre é um dos mais fracos do ano inteiro, né. Mas o caso que tem pra ser contado é que este recém terminado, agora de 2025, não cumpriu este roteiro, e por muito pouco não foi o melhor da história entre os seus correspondentes. Fazendo uma recordação ligeira, a quantidade de carne despachada daqui lá pra fora neste período considerado somou 180,5 mil toneladas, ficando só 0,7%, o que é um tiquinho assim de nada, atrás do que tinha sido vendido no primeiro mês dos 2024.
Pois esta marca histórica poderia muito bem ter sido ultrapassada se não fosse a repentina e não esperada queda na demanda pela mercadoria brasileira por parte de alguns dos principais países da nossa freguesia, começando pela grande ponteira de todos, que é a China, né. Repare então a amiga fazendeira que, segundo um levantamento feito pela consultoria Agrifatto, com base nos dados da Secex, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, no mês passado o gigante lá do oriente distante comprou da gente 91,18 mil toneladas, com um esmagrecimento de nada menos que 20% em relação com o dezembro de 2024. A explicação, conforme já tá todo mundo perfeitamente sabelizado, foi a grande comemoração do ano novo lá deles, que sempre deixa o país inteiro praticamente paralisado, né.
Os Estados Unidos, que são justamente o segundo colocado na lista dos nossos melhores parceiros no mercado, também deixaram os exportadores brasileiros decepcionados, arrematando agora 16,54 mil toneladas, ou 15,8% a menos do que no derradeiro mês do ano passado. No caso do gigante nortista, o problema é que eles têm uma cota anual muito pequena que é livre de imposto, e muitos importadores já fecham negócio antes, pra receber o produto em janeiro e conseguir assim a isenção. E teve ainda o chile, que vinha manifestando grande apetite comprador , mas que começou o ano presente diminuindo suas encomendas pra 8,3 mil toneladas, o que representou uma forte redução de 37,8%, pegando sempre o dezembro do ano passado pra fazer a comparação.