Conforme a gente tem falado aqui com frequência, e já é da sabedência dos companheiros e companheiras boiadeiros que fazem parte da nossa audiência, indo na direção contrária da demanda aqui no nosso próprio terreiro o setor exportador brasileiro tá nadando de braçada neste 2025 recém começado. Com pouco menos de dois meses já vencidos no calendário, os resultados conseguidos até agora são bastante satisfatórios em relação ao período correspondente do 2024, lembrando, antes de dar seguimento na prosa, que o ano passado foi o melhor da história do brasil neste mercado, né. No primeiro mês do ano presente, por exemplo, o volume embarcado teve uma queda ligeira de 0,7%, o que não é nada mal considerando que a gente tá comparando com o melhor de todos os janeiros desde que o país virou cachorro grande na praça mundial.
De qualquer maneira, repare a amiga fazendeira que o faturamento dos exportadores teve um forte crescimento de 10,4% no período considerado. Já nas três semanas vencidas neste fevereiro, a quantidade de carne despachada daqui pro estrangeiro registrou um substancioso aumento de 8,6%, enquanto o preço médio do produto brasileiro teve um engordamento de 9%. Pois então, o caso agora é saber o que é que deve acontecer daqui pra frente e se os embarques vão continuar apresentando este mesmo comportamento até o final do ano, sobrepassando assim o resultado do 2025, que foi simplesmente excelente, né. Pois então, na opinião dos analistas da Scot Consultoria, pelo rumo que tá sendo tomado pelo carretão, a resposta pra esta questão é sim.
Além da situação atual do mercado internacional, que ainda vai continuar padecendo por conta da carestia de mercadoria, o que sustenta esta previsão é a precisão de carne da China e dos Estados Unidos, países que são os ponteiros da nossa freguesia na praça mundial. O gigante lá do oriente distante, que dos dois é disparadamente o primeiro, continua fazendo um grande esforço pra aumentar a sua própria produção, mas o seu custo é muito maior do que o nosso, e eles vão continuar sim dependendo do Brasil pra garantir o abastecimento da sua imensa população. Já o gigante ali da norte américa, que é, ao mesmo tempo, um dos maiores exportadores e importadores de carne bovina do mundo, tá enfrentando uma forte redução do seu rebanho, e além de não poder dispensar o produto brasileiro, ainda vai ter de dar uma parte dos seus clientes estrangeiros de presente pra gente.