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Governo corta impostos de importação, mas não resolve inflação dos alimentos

“Isso é muito mais uma resposta política do que uma medida com efetividade econômica”, avalia Felippe Serigati, da FGVAgro

porPedro Costa
março 7, 2025
in Noticias, TOPO
Governo corta impostos de importação, mas não resolve inflação dos alimentos

Após reuniões com empresários, produtores e integrantes do setor produtivo, o governo federal anunciou, nesta quinta-feira (7), medidas para reduzir o preço dos alimentos ao consumidor final. Entre as ações está a isenção de impostos de importação sobre produtos como café, azeite, açúcar, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, macarrão e carnes. O anúncio foi feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, após reunião comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“São medidas para reduzir preços, para favorecer o cidadão e a cidadã, para que ele possa manter o seu poder de compra, possa ter a sua cesta básica com preço melhor. Isso também acaba estimulando o setor produtivo e o comércio”, afirmou Alckmin.

Entre as ações anunciadas, também está a ampliação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), permitindo, pelo período de um ano, a comercialização nacional de produtos já certificados no âmbito municipal, como leite fluido, mel e ovos. Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) investirá na formação de estoques reguladores, com o objetivo de equilibrar preços e garantir oferta dos itens da cesta básica.

As medidas anunciadas geram questionamentos quanto à efetividade da isenção de impostos para reduzir preços no mercado interno. Para o pesquisador da FGVAgro, Felippe Serigati, a iniciativa tem mais peso político do que econômico.

“O governo sabe que isso é muito mais uma resposta política do que uma medida com efetividade econômica. A alta dos alimentos tem corroído a popularidade do governo, deteriorado o seu capital político, e ele está tentando apertar tudo que é botão para resolver esse problema”, avaliou.

Na visão de Serigati, a isenção das tarifas de importação não resolverá a questão da inflação nos alimentos, uma vez que a maioria dos produtos da lista sofre influência direta do mercado internacional e não de tributos internos.

“O café está caro no mundo todo. Teve quebra de safra no Sudeste Asiático, e a safra brasileira ficou abaixo do potencial. O que determina o preço do café é Nova York, não o mercado regional”, explicou.

O mesmo ocorre com o açúcar, que, segundo o especialista, já apresenta queda nos preços dentro do Brasil. “O açúcar cristal está em queda na porta da usina. Vão aumentar a importação para tirar esse açúcar de onde? Também não sei. O preço do açúcar é determinado no mercado internacional, não por uma tarifa de importação.”

Serigati também questiona a inclusão de produtos como azeite na lista de isenção de impostos. “Azeite não é produto de cesta básica. A maioria da população não consome.“

Para ele, a maior preocupação do setor produtivo deveria estar na inflação mais ampla do país. “O Brasil está com um problema de inflação acelerada. Inflação de serviços está elevada, educação acima de 6%, saúde acima de 5,5% e transportes também subindo. Isso porque o governo fez uma política fiscal incrivelmente expansionista desde 2010, exceto pelo período da pandemia”, analisou.

Diante desse cenário, Serigati acredita que a medida não trará o efeito desejado. “Não acredito que vai ter nenhum resultado dentro daquilo que o governo está dizendo que vai obter. Mas, em termos políticos, vai passar a sensação de que o governo está tentando fazer alguma coisa”, concluiu.

Setor produtivo critica falta de apoio à produção nacional

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também se manifestou, destacando que a isenção de impostos para importação de alimentos pode prejudicar a competitividade do produtor brasileiro, além de não ser uma solução para conter a inflação. Para a entidade, o problema central está no desequilíbrio fiscal do governo federal, que impacta diretamente os custos de produção e, consequentemente, os preços ao consumidor.

A FPA ressalta que transferir o peso do ajuste econômico para os produtores rurais não resolve o problema da inflação e ainda compromete a viabilidade da produção agrícola nacional. A entidade argumenta que, em vez de incentivar importações, o governo deveria garantir políticas de apoio ao setor agropecuário, incluindo a estruturação de um Plano Safra robusto para 2025/26, com recursos acessíveis e taxas de juros adequadas.

Outro ponto levantado pela FPA é a falta de medidas estruturantes para enfrentar o cenário inflacionário no curto e médio prazo. A bancada do agro já apresentou sugestões ao governo federal, incluindo ações que poderiam impactar diretamente a redução dos custos de produção e melhorar a competitividade do setor. Entretanto, até o momento, não houve um retorno concreto sobre a implementação dessas propostas.

“A solução mais eficiente para reduzir o preço dos alimentos não está na isenção de tributos de importação, mas sim no fortalecimento da produção brasileira. A colheita das próximas safras naturalmente aliviará os preços, desde que o setor produtivo receba o suporte necessário para enfrentar os desafios internos”, aponta a entidade.

Dessa forma, o setor agropecuário segue atento às movimentações do governo e cobra respostas para medidas estruturantes que garantam segurança e competitividade ao produtor rural.

Nota oficial da Frente Parlamentar da Agropecuária:
Confira na AgênciaFPA: https://bit.ly/4kvsEGB
1. O problema da inflação não é a oferta de alimentos. O governo federal tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e alavancar a inflação.
2. Não é transferindo o ônus do gasto público para os produtores rurais que teremos alimentos mais baratos. A produção nacional precisa ser viável economicamente para garantir oferta e preços justos ao consumidor.
3. As medidas anunciadas são pontuais e ineficazes. Reduzir impostos sobre produtos importados sem reforçar o apoio à produção brasileira não resolve o problema estrutural da inflação.
4. A FPA cobra a estruturação do Plano Safra 2025/26. É essencial garantir a implementação de recursos, acesso pleno ao crédito e juros adequados aos produtores.
5. Medidas estruturantes já foram apresentadas ao governo. O setor produtivo aguarda um posicionamento do governo federal sobre as propostas entregues ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil na última sexta-feira (28).
Pedro Costa

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