Conforme o amigo e amiga pecuarista sabem bem, na semana passada o governo brasileiro montou uma grande comitiva brasileira que pegou um avião e foi até o outro lado do mundo, na Ásia, para realizar reuniões e buscar acordos bilaterais, aqueles que são benéficos para os dois países. A verdade é que o Brasil tinha uma grande quantidade de assuntos para tratar com os asiáticos e uma das prioridades, que talvez seja a mais importante, é justamente a que mais interessa aos fazendeiros que estão nos assistindo: a abertura de mercado da carne bovina brasileira. Esse grupo de autoridades retornou com a promessa de que representantes do Japão visitariam frigoríficos do nosso país no mês de maio. Quem sabe nos próximos meses a gente não tenha uma boa notícia com os japoneses, né?
Mas a verdade é que essa reunião já teve um desfecho positivo para agropecuária do país. O Presidente da República anunciou que o Brasil voltará a exportar carne bovina para o Vietnã depois de longos anos. Os vietnamistas deixaram de ser nossos fregueses depois daquele suposto escândalo de corrupção envolvendo frigoríficos brasileiros em 2017, conhecido como “Operação Carne Fraca”. Agora a expectativa é de tornar a relação entre os países ainda melhor, visto que o comércio geral entre os países já atingiu oito bilhões de dólares e o governo brasileiro espera que esse número dobre até 2030. Segundo a Scot Consultoria, o Vietnã compra aproximadamente 300.000 toneladas no mercado internacional. Um volume expressivo e que o Brasil pode ser responsável por vender uma parte desse montante, né?
Atualmente, o Vietnã é o 5º país entre os principais destinos do agro brasileiro, a frente inclusive de países como o Portugal, Reino Unido e França. Abrir mercados de carne bovina com o Japão é uma das próximas metas. a China é o nosso maior freguês. E o Brasil segue atento ao comércio com a Coreia e com a Turquia. Pois é, não e coincidência. O mercado asiático já é aquecido e a tendência é que a procura pela carne bovina brasileira seja ainda maior nos próximos anos, isso porque a população de lá não para de crescer e a produção não dá conta de suprir toda a demanda. É claro, a concorrência com a Austrália, Índia e com os Estados Unidos é grande, mas o Brasil tem totais condições de ser cada vez mais competitivo. Pelo menos é isso que a gente espera, né.