Com o comércio internacional em geral virado do avesso por causa dos delírios autoritários e arrecadatórios daquele maluco do cabelo amarelo que tá sentado atualmente na cadeira de presidente do país mais poderoso do mundo, os exportadores e importadores de leite e derivados agora tão negociando com cuidado redobrado e prestando muita atenção pra não dar um passo errado no mercado. Esta situação ficou mais uma vez bem demonstrada na terça-feira da semana passada, dia 15, no segundo e derradeiro leilão deste mês na plataforma GDT, a Global Dairy Trade, que serve de baliza pro setor leiteiro no mundo inteiro. O caso passado foi que, desta vez, os preços dos produtos apresentados pra venda andaram em rumos desencontrados, sendo que a média final ficou em US$4.385,00/t.
Comparando com o pregão anterior, que tinha sido acontecido duas semanas antes, este valor representou um aumento de 1,6%. Já o volume negociado foi pro lado contrário e registrou um substancioso esmagrecimento de 5,2%, ficando em 16.718 toneladas. A maior alta do dia foi da muçarela, que subiu 5,4%, pra US$4.773,00/t. O leite em pó integral, que é o produto negociado em maior quantidade na GDT, teve uma alta de 2,8%, passando pra US$4.171,00. Na outra mão de direção da mesma estrada, o leite em pó desnatado registrou a maior queda deste leilão, saindo por US$2.795,00, com um tombo de 2,3%.
Passando então pra parte da explicação pra esta situação atual, o pessoal do Portal Milkpoint destaca primeiramente o período da entressafra na maioria dos principais fornecedores do mercado internacional, incluindo a Nova Zelândia, que é o maior de todos e é onde fica a Cooperativa Fonterra, que promove os leilões da GDT. Além disso, o que também tá pesando demais nesta hora de agora é o quebra-pau comercial entre os Estados Unidos e a China, lembrando que o gigante oriental é o maior importador mundial de leite e derivados, né. Já a respeito da influência que este resultado deve ter no Brasil, o que tá acontecendo é que tem mais compradores disputando os produtos do Uruguai e da Argentina, e aí tá ficando mais caro e mais difícil pros laticínios e distribuidores brasileiros continuarem se abastecendo nos nossos vizinhos de cerca pra tentar segurar o preço aqui no nosso próprio terreiro.