A abertura do mercado do Marrocos para a importação de miúdos bovinos brasileiros, oficializada no dia 8 de abril, consolida mais um avanço nas exportações da pecuária de Mato Grosso. A medida é vista como estratégica pelo Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), que representa o estado na promoção internacional da carne bovina.
“Essa nova oportunidade com o Marrocos é relevante porque contribui para a diversificação da nossa carteira de clientes. Ainda que o volume comercializado inicialmente possa não ser tão expressivo quanto o da China, ampliar o número de mercados e garantir que eles sejam consistentes pode nos ajudar em momentos em que grandes compradores reduzam suas importações da carne bovina mato-grossense”, explica Bruno de Jesus Andrade, diretor de projetos do Imac.
Com aproximadamente 37 milhões de habitantes, o Marrocos é apontado como um destino com alto potencial de crescimento para a carne brasileira. Só em 2023, as exportações do Brasil para o país ultrapassaram US$ 43 milhões, o que garantiu ao Brasil a posição de segundo maior fornecedor do produto. Agora, com a inclusão dos miúdos bovinos no protocolo sanitário, a expectativa é de que o volume negociado cresça a partir do próximo ano.
Para viabilizar o acordo, o governo marroquino atualizou as exigências do Certificado Sanitário Internacional, reconhecendo os padrões de controle sanitário do Brasil — com destaque para o modelo adotado em Mato Grosso, líder na produção de carne bovina no país.
“As perspectivas são positivas, resultado do trabalho do Instituto Mato-Grossense da Carne, que tem atuado fortemente na promoção dos nossos produtos. Mostramos ao mundo que produzimos com sustentabilidade e com qualidade, e que a carne de Mato Grosso merece cada vez mais espaço no mercado internacional”, afirma César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e presidente do Conselho Deliberativo do Imac.
Texto: Pedro Costa / Colaboração Assessoria