Depois que aquele senhor do cabelo amarelo que tá sentado na cadeira de presidente dos Estados Unidos tirou o diabo pra dançar e pôs o comércio internacional pra cozinhar no caldeirão dos infernos, no mundo inteiro, inclusive lá no seu próprio terreiro, o povo de todos os mercado tá completamente desorientado, sem saber o que fazer pra se proteger. Aí, no meio deste tiroteio, o pessoal da Consultoria Agrifatto, usando dados da Secex, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, levantou alguns números muito interessantes, mostrando que, no mês passado, as exportações brasileiras de carne in natura lá pro gigante nortista dispararam na subida da ribanceira, com os atacadistas estadunidenses querendo comprar o máximo possível da nossa mercadoria antes que o tal do tarifaço do governo atual mande o preço lá pro espaço sideral, né.
O caso foi que o volume embarcado somou 36.940 toneladas, o que representou um aumento de nada menos que 61% em relação a fevereiro do ano presente. Somando os três primeiros meses deste 2025 que tá em andamento, o total despachado pra lá já tá em 76.402 toneladas, com um fortíssimo crescimento de 63,1%, pareando com o período correspondente do ano passado. Pegando agora as exportações totais, que incluem, além do produto in natura, também a carne industrializada e os miúdos, no primeiro trimestre deste ano foram despachadas daqui lá pros Estados Unidos um total de 164.642 toneladas, ou 46,7% a mais, na comparação anual.
Fazendo a recordação de que o país norte-americano é o nosso segundo maior cliente na praça, é o caso então de assuntar o que aconteceu com o primeiro, que é a China, né. Pois reparem os companheiros e companheiras boiadeiros brasileiros que, nestes mesmos meses considerados, o nosso estimado freguês chinês comprou da gente a impressionante quantidade de 276.337 toneladas, mas com um aumento percentual muito mais moderado, que ficou só em 1,2%. A conclusão é que estes resultados deixam plenamente comprovado o quase desespero dos importadores dos estados unidos, que têm perfeita sabedência de que, hoje, a situação deles é de dependência da carne brasileira, pra poder garantir o abastecimento do seu gigantesco mercado.
