De certo que os companheiros e companheiras pecuaristas do país inteiro já foram informados disso aqui pelo nosso serviço noticiarista e novidadeiro, mas mesmo sendo fato recente, levando em conta o seu extraordinário significado a gente acha que é importante fazer uma recordação ligeira do resultado das exportações de carne in natura do Brasil no mês passado, né. Pois o que tem pra ser contado é que, de acordo com o balanço divulgado pela Secex, que é a secretaria de comércio exterior do ministério do desenvolvimento, este de agora foi o melhor abril da história do setor, com o volume despachado daqui lá pro estrangeiro chegando a duzentos e quarenta e um mil e seiscentas toneladas, o que representou um crescimento bastante encorpado de dezesseis vírgula três por cento em relação ao período correspondente de dois mil e vinte e quatro.
Já o faturamento dos frigoríficos brasileiros somou um bilhão, duzentos e quinze milhões de dólares, com um aumento maior ainda, de vinte e nove vírgula um por cento, fazendo a mesma comparação. Também foi motivo de comemoração geral o preço pago pelo nosso produto na praça internacional, que bateu em cinco mil e trinta dólares por tonelada, ou onze vírgula três por cento a mais do que no abril do ano passado. Considerando agora o total embarcado nos quatro primeiros meses do ano presente, repare a companheira fazendeira que, pra surpresa de ninguém, a China continuou sendo o nosso maior cliente no mercado, tendo comprado o equivalente a um bilhão, oitocentos e oitenta milhões de dólares, o que vem a ser nada menos que quarenta e seis por cento de toda a carne que o Brasil exportou pro mundo inteiro neste período considerado.
Pareando com o primeiro quadrimestre do dois mil e vinte e quatro, este valor registrado agora representou um aumento bem substancioso de doze vírgula sete por cento. Já o comportamento dos Estados Unidos, o segundo colocado na lista dos nossos principais clientes, foi simplesmente espantoso. De janeiro a abril deste o ano corrente, as vendas dos exportadores brasileiros pro gigante nortista registraram um fortíssimo aumento, de simplesmente duzentos e sete vírgula seis por cento, indo pra quinhentos e noventa e cinco milhões de dólares. A explicação é que, com a alta do imposto de importação decretada pelo atual presidente estadunidense, aquele maluco do cabelo amarelo, os distribuidores e as indústrias de alimentos lá da norte-américa, que precisam muito da nossa carne, tão correndo pra encher logo a câmara fria antes do esperado encarecimento da mercadoria.
