Repare o companheiro boiadeiro que, depois de ter ganhado a corrida contra o cavalo rei dos parelheiros, o tempo agora tá querendo ser mais ligeiro do que um raio, e o resultado destas artes dele é que o mês de maio já tá entrado na sua derradeira terça parte, né. Pois então, a hora agora é de prestar atenção no andamento da atual temporada do confinamento, que já tá começada nas regiões onde esta atividade é tradicional, como é o caso de Mato Grosso, que além de ser o dono da maior boiada do Brasil também é o campeão nacional neste sistema de terminação. Aí, o que tem pra se contado é que o IMEA, que é o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, divulgou recentemente o seu primeiro levantamento de intenção pra este ano, e o resultado mostrou que o pecuarista confinador do estado não tá assim tão animado pra aumentar o investimento neste setor.
De acordo com o relatório distribuído na praça, a previsão inicial é de que o total de animais confinados fique em 669,400 mil cabeças, o que, se for confirmado, representaria uma redução de 7,6% em relação à pesquisa que tinha sido feita nesta mesma época do ano passado. Já fazendo a comparação com a boiada que efetivamente foi terminada no cocho em 2024, o caso seria de uma forte queda de 25%, ainda na comparação anual. Conforme os especialistas do instituto, o motivo principal desta desilusão do pecuarista mato-grossense é o aumento do custo de produção, especialmente pra quem tem de comprar fora o boi magro, que é disparado a maior parte do investimento no confinamento, e tá ficando mais caro e vasqueiro no mercado, por conta da previsão de redução na oferta.
Outro motivo de preocupação é o preço dos grãos que formam a base da alimentação do gado fechado. O estudo deixou demonstrado que o valor da diária no cocho bateu agora em 12,42 reais por cabeça por dia, tendo sido puxado pra cima pelo milho, que tá sendo negociado lá na média de 71,66 reais por saca, o que significa um forte aumento de 44,2% pareando com a data do primeiro levantamento do ano passado. Por outro lado, o pessoal do IMEA lembra que este aparente desinteresse é normal no começo da temporada, e a disposição do fazendeiro geralmente melhora com o avançamento do tempo, o que muito provavelmente deve acontecer agora em 2025, por causa da virada de ciclo da pecuária e da previsão de alta da arroba daqui pra frente.
