Pros companheiros e companheiras boiadeiros que nos dão a honra de escutar esta nossa falação e freqüentar aqui o nosso terreiro, não é novidade que a exportação de boi em pé é uma ótima oportunidade de aumentar a rentabilidade da nossa atividade, né. Pois o que tem pra ser contado agora é que este ramo de negócio, que já era muito bom, tá ficando melhor ainda pro lado do fazendeiro brasileiro. O caso é que, além das grandes vantagens que o nosso gado vivo já oferecia pros compradores estrangeiros, como a quantidade, o preço e a excelente qualidade, agora a gente tá vendendo também mais confiança e sanidade, por conta do próximo reconhecimento internacional do país inteiro como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que deve acontecer ainda neste mês, na reunião da OMSA, a organização mundial de saúde animal.
Mas repare a amiga fazendeira que, como já tá fazendo um ano que a derradeira injeção foi aplicada na boiada brasileira, os bons resultados da suspensão da vacina já tão aparecendo no mercado. De acordo com um levantamento que acaba de ser tirado do forno pelo pessoal da Scot Consultoria, nos quatro primeiros meses deste 2025 que tá em andamento o tamanho do rebanho embarcado daqui pro estrangeiro chegou a pouco mais de 300.600 mil animais, sendo o maior da história pra este período do ano. E a gente aproveita pra fazer a recordação de que, como já tinha sido falado aqui na ocasião própria, o 2024 também foi o melhor ano de todos os tempos pro setor exportador de boi vivo, com o total despachado lá pra fora atingindo nada menos que 1,8 milhão de cabeças de gado.
Já o dinheiro apurado pelos exportadores brasileiros somou 829 milhões e meio de dólares, quase o dobro do que tinha sido recebido em 2023. Outra boa notícia aparecida nestes balanços mais recentes é que, na relação dos fornecedores do gado exportado de janeiro a abril, já apareceram dez estados diferentes, sendo que o grande campeão é o Pará, com 194,8 mil cabeças, o que corresponde a 62,8% do total nacional. Já na lista da nossa freguesia pra este tipo de mercadoria, o ponteiro é a Turquia, que comprou o equivalente a 30,4% de tudo o que a gente vendeu lá pra fora de janeiro até agora, sendo seguida bem de perto pelo Egito, que arrematou 29,4% dessa gigantesca boiada exportada.