A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo confirmou o primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) no estado em 2025. O registro foi feito em uma ave silvestre — uma marreca-caneleira — encontrada com sintomas neurológicos e respiratórios no município de Diadema, na Grande São Paulo.
O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP), vinculado ao Ministério da Agricultura. A ave foi isolada logo após ser localizada e apresentava sinais como dificuldade para voar, letargia e comportamento incomum diante da presença humana.
De acordo com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do estado, o caso é considerado isolado e não tem ligação com granjas comerciais ou unidades de produção. “Não há risco à população e nem impacto na cadeia produtiva de frangos e ovos”, informou a pasta em nota.
A região onde o animal foi encontrado não possui estabelecimentos avícolas comerciais num raio de 10 quilômetros. Mesmo assim, equipes de vigilância sanitária estão monitorando a área em busca de novas ocorrências, além de orientar moradores sobre os sinais da doença.
O governo paulista reforça que o consumo de carne de frango e ovos continua seguro, já que o vírus não é transmitido por meio da ingestão desses alimentos. A principal forma de contágio em humanos é o contato direto com aves doentes ou mortas.
Atualmente, o Brasil investiga oito casos suspeitos de influenza aviária em diferentes estados. O único registro da doença em granja comercial neste ano ocorreu em Montenegro (RS), em maio. O país segue em vazio sanitário e mantém o status de livre da doença junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o que evita restrições ao comércio internacional.
A Secretaria Estadual da Saúde informou que, até agora, não há casos de gripe aviária em humanos no estado. Um plano de contingência está em vigor para monitoramento de eventuais casos suspeitos. Pessoas que tiveram contato com a ave silvestre em Diadema estão sendo acompanhadas.
O Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA) segue articulado com secretarias estaduais, prefeituras, órgãos ambientais e ONGs para reforçar o monitoramento e a resposta rápida em possíveis novos casos.
A orientação é clara: quem encontrar aves com comportamento estranho ou mortas deve evitar o contato e acionar imediatamente a Defesa Agropecuária. O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) é obrigatório em qualquer caso de suspeita.
