A gente ainda não tinha tido tempo de comentar aqui com os companheiros e companheiras fazendeiros, mas sendo a notícia relevante o assunto continua importante e vai ser tratado agora, sem mais demora. O caso foi que, conforme os dados divulgados pela SECEX, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, as importações do setor leiteiro brasileiro em maio somaram o equivalente a 171,8 milhões de litros, com um crescimento de 8% em relação a abril do ano presente e de 17,4% na comparação com o período correspondente do ano passado. Assim mesmo, as compras externas da indústria laticinista e dos distribuidores atacadistas brasileiros agora tão aumentando numa toada bem mais vagarosa, por conta principalmente da disparada nos preços dos produtos estrangeiros.
Além disso, apesar do engordamento registrado no volume importado a gente faz aqui a recordação de que o maio teve um dia de serviço a mais do que o seu predecessor no calendário. Tanto que, fazendo a conta da média diária do que foi trazido lá de fora, o resultado é uma redução de 2% de um mês pro outro. Por outro lado, no mesmo período considerado as exportações brasileiras de leite e derivados chegaram a 7,210 milhões de mil litros, o que continuou sendo pouco, mas representou um forte aumento de 58% pareando com abril, e de 62% sobre maio do vinte e quatro. Subtraindo então o que foi mandado lá pra fora do que foi comprado no estrangeiro, o saldo ficou negativo em 164,6 milhões de litros, pro lado brasileiro, é claro, né.
Esticando agora a vista pra enxergar o que tem no horizonte lá pra diante daquela ponte, o pessoal do portal Milkpoint é da opinião de que nestes próximos meses a situação vai continuar do mesmo jeito que ela tá hoje, sem previsão de um aumento mais substancioso das importações. De qualquer maneira, mesmo com a alta nas cotações no mercado internacional em geral, alguns produtos que têm muito peso na balança, como os leites em pó, o integral e o desnatado, ainda tão num preço bom pros compradores brasileiros, e devem continuam entrando em quantidade aqui no nosso terreiro. Em compensação, a produção nacional deve continuar em expansão no curto e no médio prazos, e aí, com maior oferta de matéria prima, a nossa indústria caseira vai ganhar mais poder de competição pra enfrentar a concorrência estrangeira.