A plataforma GDT, a Global Dairy Trade, que funciona mais ou menos como uma bolsa de negociação e, como já é da sabedência dos companheiros e companheiras produtores brasileiros, serve de referência pro setor leiteiro do mundo inteiro, promoveu nesta terça-feira recém passada o seu segundo leilão deste mês de junho, e mais uma vez o resultado mostrou que o povo do mercado internacional tá pisando leve no chão e prestando muita atenção pra não dar um passo errado. O que aconteceu foi que a cotação média dos produtos comercializados apresentou uma nova queda, descendo pra 4,389 mil dólares por tonelada, o que representou uma redução de 1% em relação ao que tinha sido registrado no pregão anterior, que foi realizado duas semanas antes.
Já o volume de derivados ofertados, que na semana retrasada tinha aumentado 7% na comparação quinzenal, agora andou pro lado contrário e diminuiu 6,7%, retrocedendo pra 15,209 mil toneladas. Pegando agora pra destrinchar a relação dos produtos vendidos neste evento, o maior tombo foi do queijo cheddar, que caiu 5,1%, saindo por 4,992 dólares por tonelada. O leite em pó integral, que em quantidade é o derivado mais negociado na GDT, teve uma desvalorização de 2,1% e voltou pra 4,84 mil dólares. Já o único aumento do dia foi da manteiga, que teve uma alta de 1,4%, arribando pra 7,890 mil dólares por tonelada.
De acordo com os analistas da cooperativa fonterra, da Nova Zelândia, que organiza os leilões da GDT, a parte principal da explicação pra esta situação atual é a insegurança geral do mercado, por conta das barreiras tarifárias do governo estadunidense e das guerras na eurásia e no médio oriente. Ao mesmo tempo, a previsão é de aumento da produção nos próximos meses, e aí os compradores tão esperando pra ver de que lado o vento vai bater daqui pra frente, né. Já a respeito da influência que este resultado vai ter aqui no setor leiteiro brasileiro, os especialistas do portal Milkpoint recomendam prudência ao pecuarista, porque não demora nada pra esta queda nos preços lá de fora bater na porteira dos nosso fornecedores do Uruguai e da Argentina, e isso deve voltar a incentivar as importações da indústria laticinista e dos distribuidores atacadistas brasileiros.