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Tarifa de Trump ameaça exportações brasileiras e acende alerta no agro

Carne bovina, café e suco de laranja estão entre os produtos mais afetados. A nova alíquota de 50% pode inviabilizar negócios com os Estados Unidos e comprometer cadeias inteiras de produção.

porPedro Costa
julho 10, 2025
in EM ALTA, Noticias, TOPO
Tarifa de Trump ameaça exportações brasileiras e acende alerta no agro

O anúncio do ex-presidente Donald Trump sobre a aplicação de tarifas de até 50% a produtos brasileiros acendeu um sinal de alerta no agronegócio. Caso avance, a medida atingirá cadeias estratégicas como carne bovina, café e suco de laranja — setores que hoje sustentam parte significativa da balança comercial do país.

Só nos primeiros seis meses deste ano, o Brasil embarcou mais de 181 mil toneladas de carne bovina para os Estados Unidos, segundo a Secex. Grande parte desse volume tem origem no Mato Grosso, maior estado produtor e exportador do país, que sozinho enviou quase 369 mil toneladas ao mercado externo no mesmo período. Com o rebanho americano no menor nível desde 1951, o Brasil ocupou espaço com preços competitivos — movimento que pode ser revertido se a nova tarifa entrar em vigor.

A preocupação, no entanto, não se limita à carne. O café, outro produto diretamente afetado, também entrou na mira das tarifas. Em 2024, os Estados Unidos importaram mais de 8 milhões de sacas do Brasil, mantendo-se como o maior comprador da bebida brasileira no mundo. Para o setor, o impacto seria profundo não apenas para exportadores, mas para a própria economia norte-americana.

— “As tarifas impactam diversos setores do agro, como o café e as carnes. No caso do café, os Estados Unidos não produzem, apenas importam. Cada dólar gasto com o nosso produto gera 43 dólares na economia americana. Por isso, estamos trabalhando para que ele entre numa lista de exceção às tarifas anunciadas” — afirmou Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé.

O argumento vem acompanhado de números robustos: segundo estudo apresentado pela National Coffee Association dos Estados Unidos, o setor movimenta US$ 343 bilhões por ano, representa 1,2% do PIB americano e sustenta mais de 2,2 milhões de empregos diretos e indiretos. Diante da dependência do produto importado, o café pode ser enquadrado na categoria de recurso natural não disponível nos EUA, tese defendida por lideranças brasileiras para tentar barrar a taxação.

Outro setor que sentiu o baque foi o de suco de laranja. De acordo com a CitrusBR, os Estados Unidos responderam por 41,7% das exportações brasileiras da bebida na safra 2024/25, encerrada em 30 de junho. O faturamento total foi de US$ 1,31 bilhão. Com a nova tarifa, o custo com tributos subiria 533%, saltando dos atuais US$ 415 para até US$ 2.600 por tonelada, o equivalente a 70% do valor do produto com base na cotação da Bolsa de Nova York.

— “É uma condição insustentável para o setor, que não possui margem para absorver esse tipo de impacto,” afirma Ibiapaba Netto, diretor executivo da CitrusBR. “A medida afeta toda a cadeia: colheitas são interrompidas, o fluxo das fábricas é desorganizado e o comércio trava diante da incerteza.”

Mesmo com a Europa sendo o principal destino — com 52% das exportações — o continente não teria capacidade para absorver o excedente que hoje vai para os Estados Unidos. E o cenário internacional também preocupa: os embarques para Japão e China caíram 30% e 63%, respectivamente, na mesma safra.

— “Somados, esses dois mercados são insuficientes para compensar a possível perda do mercado norte-americano. As consequências sobre a produção nacional, os empregos e a competitividade do setor seriam imediatas,” reforça Netto.

Diante do cenário, o executivo reforça que a única saída viável é a diplomacia:
— “Reiteramos a necessidade de que o Brasil exerça plenamente sua tradição diplomática, mobilizando todos os recursos do Estado para proteger o interesse dos seus cidadãos, do emprego e da renda,” conclui o diretor da CitrusBR.

A possível taxação geral proposta por Trump — que inclui 10% para todos os importados e valores específicos de até 60% para produtos chineses — se insere em um discurso de proteção da indústria americana e pode ganhar força eleitoral nos próximos meses. No entanto, líderes do agronegócio apostam que, assim como já ocorreu com outros países, há espaço para negociação.

— “Já vimos esse tipo de anúncio ser revisto, como foi o caso do Vietnã. O país tinha tarifa de 42% sobre o café, que foi reduzida para 20%. É um processo político, e o Brasil precisa atuar com pragmatismo, estratégia e dados concretos que mostrem o prejuízo para os dois lados,” finaliza Marcos Matos.

A expectativa agora é de que setores como o café e o suco de laranja, por sua natureza e importância econômica para os Estados Unidos, possam ser incluídos em uma lista de exceções — protegendo tanto os exportadores brasileiros quanto os próprios consumidores norte-americanos, que sofreriam com encarecimento de produtos e aumento da inflação.

Pedro Costa

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