Depois do forte choque que os companheiros e companheiras fazendeiros brasileiros levaram na quarta-feira passada, quando aquele maluco do cabelo amarelado que tá sentado na cadeira de presidente dos Estados Unidos da Norte América mandou avisar que vai cobrar, em todos os produtos exportados daqui pra lá, uma taxa absurda e inaceitável de 50%, a semana presente agora tá começando com uma enorme expectativa de todo mundo, não só da agropecuária, a respeito do rumo que esse carretão destrambelhado vai tomar no eito daqui pra frente. A primeira questão a ser levada em consideração é que, acreditando que a ameaça feita lá pelo destrambelhado dirigente nortista seja verdadeira mesmo, o caso é que ela só começaria a valer no dia primeiro de agosto. Pois então, o prazo é apertado, sim, mas dá tempo de tentar negociar uma solução pra que esta insanidade contra o Brasil, e principalmente contra a nossa agropecuária, não chegue a virar realidade.
Pesando na balança pro nosso lado, o primeiro ponto a ser levado em consideração é que não é verdade que na balança comercial entre os dois países o Brasil esteja levando uma grande vantagem sobre os Estados Unidos, é exatamente o contrário, ou seja, a gente compra deles muito mais do que eles compram da gente. Mas sendo fato comprovado que o indigitado presidente estadunidense não tem a mínima vergonha de mentir descaradamente pra conseguir sucesso nas suas tramóias, outra situação muito importante numa eventual negociação é que, conforme já é da sabendência dos amigos e amigas pecuaristas, o gigante da norte américa tem uma clara dependência dos produtos da nossa agropecuária pra garantir o abastecimento do seu mercado. E entre vários outros, a nossa carne bovina tá nesta lista, isso porque hoje a produção nacional lá deles não tá sendo suficiente pra dar atendimento à demanda atual.
Com o menor rebanho bovino da sua história recente, no primeiro semestre deste ano presente os Estados Unidos importaram da gente um total de 156,539 mil toneladas, o que representou um espantoso crescimento de nada menos que 131,8% na comparação com o período correspondente do ano passado. Pois então, se for mesmo pra fechar a porteira pra carne brasileira, o valente presidente encrenqueiro vai ter de procurar outro fornecedor, e o negócio vai ficar complicado porque até as pedras das estradas poeirentas dos filmes de cowboys do velho oeste sabem que hoje não tem ninguém no mercado internacional que tenha carne em quantidade suficiente pra ocupar o nosso lugar. Aí, o resultado vai ser redução na oferta, alta nos preços e aumento da inflação lá no terreiro deles. E é o caso então de perguntar: será que vai compensar, e será que o povo de lá vai aceitar?
