Faltando agora só mais oito dias e algumas horas pra começar a valer a absurda, injusta e inaceitável taxa de 50% em cima das exportações brasileiras decretada pelo presidente dos Estados Unidos, aquele senhor amalucado do cabelo alaranjado, o nosso setor pecuário continua torcendo pra abertura de uma negociação pra resolver a situação, mas já tá fazendo a conta do prejuízo caso este delírio tarifário não seja cancelado. Pois então, fazendo a recordação dos números apresentados pela Secex, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, o primeiro semestre deste ano presente foi simplesmente o melhor da história, com os embarques totais do setor, incluindo carne in natura e industrializada, e mais os miúdos comestíveis, chegando muito perto de 1.690.230 toneladas.
Comparando com o período correspondente do ano passado, este volume representou um forte crescimento de 17,3%. Já o faturamento dos exportadores foi de US$7.446 bilhões, com um aumento de nada menos que 28%, fazendo a mesma comparação. Destrinchando agora a lista da nossa freguesia, repare a amiga pecuarista que os Estados Unidos ocuparam o segundo lugar, tendo comprado 411.700 toneladas, ou 85,4% a mais do que nos seis primeiros meses do 2024. Por este tanto de mercadoria, os importadores lá do gigante nortista pagaram US$1.287 bilhão, com uma espantosa alta de 99,8% em relação à primeira metade do ano passado.
Ao mesmo tempo, o nosso estimado freguês chinês, que é disparado o ponteiro da relação dos maiores compradores do produto brasileiro, arrematou 631.900 toneladas de carne, uma quantidade 11,3% maior do que no primeiro semestre de 2024, pagando um total de US$2.516 bilhões, ou 27,4% acima do que tinha sido registrado no ano passado. Passando o traço na conta, estes números apresentados significam que, enquanto a China foi o destino 37,4% de toda a carne que o Brasil exportou em 2025, os Estados Unidos ficaram com 24,4%, e isso quer dizer que a paulada vai ser muito dolorida se a exportação daqui pra lá for mesmo interrompida.
