Depois de atravessar um trecho de pedreira num trieiro de serra, com trancos e solavancos, no mercado internacional do leite e derivados o carretão agora já tá de novo embicado no rumo de subida no estradão. Esta é a conclusão a ser tirada dos resultados do primeiro leilão de agosto na GDT, a Global Dairy Trade, que vem a ser uma grande plataforma digital de negociação com abrangência e influência no setor leiteiro do mundo inteiro. De acordo com a organização, neste evento realizado agora na terça-feira, dia 5, o valor médio dos produtos apresentados pra venda foi de US$ 4.294 por tonelada, o que representou um ligeiro aumento de 0,7% em relação ao pregão anterior, que tinha sido acontecido duas semanas antes.
Já a respeito do volume comercializado, o que aconteceu foi um fortíssimo crescimento de 52,5%, mas repare o companheiro fazendeiro brasileiro que, por conta das condições de produção nos países participantes do leilão nesta época do ano, esta grande variação, assim de repente, é normal e perfeitamente esperada. Destrinchando então a relação dos derivados ofertados, o destaque principal foi pro leite em pó integral, o produto mais negociado na GDT, que subiu 2,1%, pra 4,12 mil dólares por tonelada.
A manteiga foi pro outro lado e registrou uma queda de 3,8%, fechando o dia a US$ 7.214. Pois então, na interpretação dos especialistas do setor, estes resultados são uma indicação de que a demanda mundial tá se recuperando, o que deve dar sustentação pra cotação. Já em relação ao efeito disso aqui no nosso próprio eito, pro pessoal do portal Milkpoint esta brisa subideira lá fora deve encarecer também o leite e os derivados da Argentina e do Uruguai, que são os principais fornecedores de laticínios pro Brasil, e o resultado deve ser a redução, em alguma medida, da entrada de produtos importados aqui no nosso mercado.
