O IBGE, que é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou na semana passada os resultados preliminares da sua pesquisa da produção pecuária nacional no segundo trimestre deste 2025 que tá em andamento, e tanto na carne quanto no leite os números apresentados ficaram acima do que normalmente seria o esperado. Começando o destrinchamento do relatório pelo caso que foi acontecido com o gado de corte, o que tem pra ser contado é que, de abril a junho, o total de animais abatidos no país, debaixo de algum tipo de inspeção oficial, municipal, estadual ou federal, chegou a 10,4 milhões de cabeças, com um crescimento de 3,3% em relação ao período correspondente de 2024, e de 5,4% na comparação com o três primeiros meses do ano presente.
Esta foi a maior boiada já abatida no Brasil num único trimestre desde que o IBGE começou a fazer esta pesquisa, e representa a confirmação de que, na ocasião em que o levantamento foi feito, a oferta de gado terminado ainda tava muito maior do que nos anos recentemente passados, né. Como este balanço ainda pode sofrer alguma correção, o instituto não divulga a qual foi a participação de machos e fêmeas, mas de acordo com o acompanhamento, feito pelo pessoal da Scot Consultroria, do movimento nos frigoríficos com SIF, que é o Serviço de Inspeção Federal, ao longo de todo a metade abrideira do ano o percentual de vaca e novilhas que foram pro gancho deve ter ficado aí na roda de 40%. Os dados já levantados de julho tão mostrando que o tanto de animais entregues nos frigoríficos brasileiros ainda deve ficar acima do que tem sido o volume costumeiro.
Já no caso do leite, o que saiu publicado no documento do IBGE foi que, nos meses em questão, a entrega do produto nas indústrias fiscalizadas somou 6,5 bilhões de litros, o que representou um aumento de 9,3% na comparação com abril, maio e junho do ano passado. Mas repare bem a amiga pecuarista que, pra surpresa até dos especialistas do mercado, pela primeira vez na história o volume recebido pelas usinas laticinistas brasileiras no segundo trimestre do ano foi maior do que no primeiro. É verdade verdadeira mesmo que foi um aumento bem ligeiro, de 0,1%, mas considerando que esta é a época de estiagem e de queda na qualidade das pastagens, isso é uma indicação do que pode ser uma mudança muito importante no nosso sistema de produção, por conta da intensificação nas fazendas leiteiras brasileiras.
