Conforme a gente já falou aqui e já é da sabedência geral dos companheiros e companheiras boiadeiros que fazem parte da nossa audiência, o segundo trimestre deste ano presente registrou o maior volume de gado abatido na história da pecuária nacional, de acordo com o resultado preliminar da pesquisa do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, né. Fazendo só uma recordação ligeira, nos três meses considerados foram pro gancho, debaixo de algum tipo de fiscalização oficial, municipal, estadual ou federal, 10,4 milhões de cabeças, com um crescimento de 3,3% por cento em relação ao período correspondente do ano passado. Mas como estes números ainda vão ser conferidos e podem ser corrigidos, normalmente o instituto não inclui neste comunicado os dados a respeito da participação de machos e fêmeas no total de animais abatidos.
Aí, enquanto a gente espera esta informação do IBGE, em nível nacional, uma boa providência é assuntar o caso que foi passado mais recentemente neste terreiro em Mato Grosso, que, sendo o dono do maior rebanho brasileiro, pode ser considerado guia e ponteiro pros companheiros boiadeiros do país inteiro, né. Pois então, segundo o IMEA, que é o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, neste último mês de julho os frigoríficos do estado receberam e abateram 656,490 mil cabeças de gado. Fazendo a comparação com o junho de 2025 mesmo, o que aconteceu foi um aumento de 7% no volume entregue na indústria local, mas a quantidade de vacas e novilhas que foram pro gancho no mês passado ficou em 48,3% deste total.
Fazendo a comparação com o período correspondente de 2024, este resultado representou uma queda de 3,3%. Por outro lado, ao longo destes últimos seis meses contados de julho passado pra trás a participação das fêmeas tinha ficado sempre acima de 50%. E outra questão que também é merecedora da máxima atenção de todo mundo é que, mesmo sendo ainda numa toada mais compassada, a valorização da cria tá dando uma contribuição pra retenção das novilhas na propriedade, pra formar vaca parideira, porque não vai demorar pro bezerro desembestar na subida da ribanceira. Pois então, o amigo pecuarista não precisa ser doutor especialista pra saber que esta conjuminação de situações é uma forte indicação de que o ciclo da pecuária já virou e o tempo do preço ruim até que enfim chegou ao fim, né.
