No mercado internacional do leite e dos seus principais derivados, o carretão agora tá indo num trecho de planura no estradão, numa toada relativamente sossegada, quase sem trancos nem solavancos. Esta é a conclusão a ser tirada dos resultados do segundo leilão de agosto na GDT, a Global Dairy Trade, aquela plataforma internética de negociação que tem forte influência e serve de referência pro setor leiteiro do mundo inteiro. Pra sabedência dos companheiros e companheiras produtores brasileiros, no evento acontecido nesta terça-feira, dia 19, o preço médio dos produtos apresentados pra venda ficou em US$ 4.291 por tonelada, o que representou uma queda bem ligeira de 0,3%, isso em relação ao pregão anterior, que tinha sido acontecido duas semanas antes.//
Já o volume negociado agora somou 36,5 mil toneladas, com um tombo um pouco maior, de 1,3%, fazendo sempre a mesma comparação, o que aliás tá dentro do que é considerado normal e esperado pra esta época do ano. Fazendo então o destrinchamento do relatório divulgado pela cooperativa fonterra, da Nova Zelândia, que é a organizadora desses leilões, repare a amiga produtora que o leite em pó integral, que é o derivado comercializado em maior quantidade na GDT e por conta disso pesa mais na média geral, fechou o dia valendo US$ 4.036 por tonelada, com uma alta de 0,3%. Já a maior queda foi da muçarela, que desceu pra US$ 4.447, ou 2,7% a menos do que no começo do mês presente.
Conforme a opinião dos especialistas lá da cooperativa, a previsão pros próximos leilões é de estabilidade, tanto pra oferta quanto pras cotações. Por outro lado, o que tem chamado a atenção do povo do mercado é a demanda por parte de Argélia, que é um dos principais compradores mundiais de produtos de laticínio. O caso é que este país norte-africano agora tá campeando mercadoria aqui na américa do sul, justamente na Argentina e no Uruguai, que são os fornecedores de praticamente tudo o que o Brasil importa de leite e derivados, né. E como eles pagam mais do que a gente, o que deve acontecer é que daqui pra frente os nossos vizinhos passem a dar preferência pra este novo cliente, e aí vai ficar mais difícil pra indústria laticinista e pros distribuidores atacadistas brasileiros continuar inundando o nosso terreiro com produto estrangeiro.
