No mundo inteiro e até aqui no nosso próprio terreiro, foi motivo de grande surpresa e admiração a notícia de que os embarques da carne bovina daqui pro estrangeiro continuaram apresentando um forte crescimento agora em agosto, pra gosto dos companheiros e companheiras boiadeiros e pra desgosto do prepotente e descompensado presidente dos Estados Unidos, que tentou, mas não conseguiu, derrubar a pecuária brasileira à custa de uma traiçoeira rasteira tarifária. Aí, pra dar uma pequena contribuição pro perfeito entendimento da situação, a gente vai fazer uma comparação ligeira, pra deixar demonstrado que o Brasil resistiu à agressão do gigante nortista porque, muito antes deste furdúncio geral, o nosso setor exportador, em vez de ficar parado só assistindo à banda passar, tá sempre abrindo novos trieiros no mercado mundial.
Pois então, fique o amigo fazendeiro devidamente apresentado a São Vicente e Granadinas, um pequeno país na américa central, formado por uma ilha principal e várias outras menores, que têm juntas uma área total de 389 km². A soma de toda a população é de pouco mais de 110 mil habitantes, e tanto em tamanho quanto em número de gente vivente lá, ele é menor do que muitas cidades do interior do Brasil. A economia local é sustentada pelo turismo internacional, sendo que, com este perfil, o povo frequentador do lugar necessariamente tem de ser endinheirado. O volume de carne consumida pelos habitantes e pelos visitantes não foi divulgado, e não deve ser muito grande, mas o que tem pra ser contado é que São Vicente e Granadinas é o mais novo integrante da nossa freguesia no mercado mundial de carne.
Na lista da clientela brasileira o país centro-americano está na companhia de mais de 170 outros compradores, como a Indonésia, que também acaba de entrar mas, diferentemente dele, é um gigante, de tamanho e de gente. Localizada no sudeste asiático, a Indonésia tem a quarta maior população do mundo, com 285 milhões de habitantes, e também é formada por um grande número de ilhas, só que com uma área total de um 1,9 milhão de km². A modernização do país e o forte crescimento econômico criaram um mercado consumidor exigente, que só recentemente aprendeu a gostar de carne bovina, e a demanda agora não pára mais de aumentar. E nesta abrideira nem vai dar tempo de falar dos outros novos fregueses, como México e Canadá, nem dos que ainda vão entrar na relação, como a Coreia do Sul e o Japão. Enquanto isso, os Estados Unidos continuam procurando outro fornecedor pra abastecer seu mercado, mas não tão achando. E nem vão achar.
