Na lida e na vida tem hora que parece até que é verdade verdadeira mesmo que previsão existe só pra falhar e enganar a gente, como tá acontecendo justamente agora com o nosso setor leiteiro, né. Pois o que tem pra ser contado é que, quando todo mundo tava esperando uma redução na importação de leite e derivados, o caso passado foi o contrário, com mais um aumento na entrada de produtos estrangeiros aqui no nosso mercado. De acordo com os dados divulgados pela SECEX, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, neste setembro recentemente terminado a indústria latinista e os distribuidores atacadistas brasileiros compraram no estrangeiro o equivalente a 192,4 milhões de litros do produto, com um forte aumento de 19,8% em relação a agosto do ano presente.
Já na comparação com o período correspondente do ano passado, o crescimento foi mais moderado, ficando em 5,6%. Pegando agora o volume acumulado de janeiro a setembro deste 2025 que tá em andamento e pareando com os mesmos meses do 2024, os números da SECEX ainda tão mostrando uma queda de 5,6%. Não chega a servir de consolação mas, na outra mão de direção desta mesma estrada, as exportações dos laticínios brasileiros chegaram a 5,8 milhões de litros, o que representou uma alta de 11,7% em relação a agosto último, e de 17% por cento sobre o mesmo mês do ano passado. Mas na soma do ano inteiro, aí o resultado foi um grave despencamento de 27,8%.
Fazendo então uma subtração simples, o resultado é que o saldo na balança comercial do setor leiteiro nacional ficou negativo em nada menos que 186,6 milhões de litros, com o buraco nesta conta aumentando em 3,8 milhões de litros de agosto pra setembro agora, né. Repare agora a amiga pecuarista que, na opinião dos especialistas do portal Milkpoint, a explicação é que os fornecedores da Argentina e do Uruguai tão com preços muito em conta, e juntando isso com a desvalorização do dólar em relação ao real, com esta situação atual os importadores brasileiros tão fazendo a festa. Por outro lado, com a entrada da safra do capim e o aumento da produção nacional, a cotação deve cair mais aqui no Brasil, e a previsão pro curto e médio prazos é de diminuição da importação. O jeito então é esperar pra ver se desta vez ela vai se cumprir, né.
