Uma pesquisa realizada pela Ajinomoto do Brasil, em parceria com a Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, revelou que apenas 50% dos brasileiros já ouviram falar sobre sistemas alimentares sustentáveis — conceito que envolve todas as etapas da cadeia alimentar, desde a produção até o descarte, com o objetivo de garantir segurança alimentar e nutricional, respeitando aspectos sociais, econômicos e ambientais.
Por outro lado, 47% dos entrevistados afirmaram nunca ter ouvido falar sobre o tema, enquanto 3% não souberam responder. O desconhecimento é mais acentuado nas regiões Norte e Centro-Oeste (59%), entre pessoas com renda de até um salário mínimo (58%), acima de 60 anos (56%) e com ensino fundamental (56%). Já o domínio do tema é maior entre os que possuem ensino superior (63%), renda acima de cinco salários mínimos (58%) e residentes no Sudeste (57%).
Para Adriana Moucherek, diretora de Marketing, Trade e Inteligência de Dados da Ajinomoto do Brasil, os resultados indicam que o desafio não está na aceitação do tema, mas na forma de comunicá-lo.
“Os resultados mostram que o público não rejeita a sustentabilidade, mas precisa de informação mais clara e acessível. Os 29% que enxergam o conceito de sistemas alimentares sustentáveis distante ou confuso confirmam: o desafio para a indústria de alimentos não é a aceitação, mas sim a comunicação”, afirma Moucherek.
“Como indústria alimentícia, nosso papel é justamente traduzir a sustentabilidade em ações e mensagens que façam sentido no dia a dia das pessoas”, complementa.
Sustentabilidade é vista como essencial para o futuro do planeta
Quando a sustentabilidade é associada à produção e ao consumo de alimentos, a preocupação aumenta: 68% dos entrevistados consideram o tema extremamente ou muito relevante para o futuro do planeta. O índice é ainda maior entre os que têm ensino superior (85%), renda acima de cinco salários mínimos (78%) e residentes na região Sul (78%).
Outros 15% veem a importância do tema de forma regular, enquanto 13% o consideram pouco ou nada relevante, e 4% não souberam opinar.
Segundo Moucherek, os dados mostram que a sustentabilidade já é reconhecida pela população, mas ainda precisa ser compreendida de forma mais prática.
“Não precisamos convencer o consumidor sobre a importância da sustentabilidade, que já é amplamente comentada. Precisamos trabalhar para que ela seja compreendida”, diz.
“Na Ajinomoto do Brasil, estamos comprometidos em liderar esse esforço, especialmente ao disseminar os benefícios da AminoScience, a ciência dos aminoácidos, que contribui para o bem-estar da sociedade, das pessoas e do planeta com um sistema alimentar sustentável”, completa a executiva.
Selos e certificações ainda são pouco conhecidos
Apesar do reconhecimento da importância da sustentabilidade, o conhecimento sobre selos e certificações de qualidade dos produtos alimentares ainda é limitado entre os brasileiros. De acordo com a pesquisa, apenas 16% dos entrevistados afirmaram conhecer ou já terem ouvido falar sobre essas certificações — e somente 6% souberam citar o nome de algum selo específico.
Esse conhecimento é maior entre pessoas com ensino superior (30%), de 30 a 45 anos (23%) e renda acima de cinco salários mínimos (23%). Já o desconhecimento predomina entre os jovens de 18 a 30 anos (90%) e aqueles com ensino médio completo (88%).
Na prática, apenas 16% dos brasileiros afirmam verificar sempre ou frequentemente selos e certificações na hora da compra. O chamado “consumo consciente” é mais comum entre pessoas de renda mais alta (23%), entre 45 e 60 anos (20%) e moradores do Nordeste (18%).
Por outro lado, o grupo que nunca ou raramente confere os selos é formado, majoritariamente, por pessoas acima de 60 anos (72%), com renda entre um e dois salários mínimos (72%), ensino médio completo (70%) e residentes no Sudeste (69%).
A pesquisa
O levantamento da Ajinomoto e da Nexus entrevistou 2.012 brasileiros com 18 anos ou mais, entre os dias 26 de agosto e 1º de setembro, abrangendo as 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Contribuição: FSB Comunicação / Assessoria
