A Secex, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, divulgou nesta sexta-feira derradeira, 6, o seu balanço a respeito das exportações brasileiras de carne bovina no mês passado, e o resultado mais uma vez foi merecedor de comemoração e de estralada de rojão pelo povo todo o setor pecuário nacional. O que aconteceu foi que o volume embarcado chegou a 217,4 toneladas, o que representou um forte aumento de 17,4% comparando com o período correspondente de 2023, o que fez com que este de agora se tornasse o melhor agosto da história e ainda o segundo melhor de todos os meses desde que o Brasil virou cachorro grande no mercado internacional, perdendo justamente só pro junho deste ano presente.
Já o faturamento dos frigoríficos exportadores somou US$ 964,23 milhões, com um substancioso crescimento de 15,4%, levando sempre em conta a comparação anual, né. E o caso poderia ter sido melhor ainda se não fosse uma nova redução da cotação do produto brasileiro lá no estrangeiro, uma situação que tem se repetido sistematicamente, sendo já motivo de preocupação tanto pro pessoal da indústria quanto pro companheiro boiadeiro. Na média mensal, a nossa carne foi negociada por US$4.434 por tonelada, ou 1,7% a menos do que em agosto do ano passado. Não chega a servir de aliviação pra essa consumição, mas é fato verdadeiro que, pelo menos, a derriçada agora tá sendo numa toada bem mais compassada.
Pois então, conforme o amigo pecuarista já tá até cansado de escutar a gente falar, a explicação pro rumo que tá sendo tomado pelo carretão no mercado é, em primeiro lugar, o ciclo da pecuária nacional, que tá no último ano de baixa, com uma grande oferta de gado pronto e com o boi brasileiro sendo, já faz tempo, disparado o mais barato no mundo inteiro. E pra completar esta conjuminação altamente favorável a quem lida com exportação, a questão cambial, com a disparada do dólar em relação ao real, tá sendo de grande serventia pra aumentar o poder de competição da nossa mercadoria na disputa com a concorrência pela preferência da freguesia. Ao mesmo tempo, cada dólar arrecadado lá fora rende mais reais na hora de fazer a conversão pro nosso dinheiro, o que melhora extraordinariamente a rentabilidade dos fornecedores brasileiros.