Como já é do conhecimento dos companheiros e companheiras boiadeiros, o outubro recentemente terminado foi simplesmente maravilhoso pro setor exportador, mais gostoso até do que um canecão de gabiroba bem madura, tendo chegado ao fim da sua trajetória conquistando a glória de ter sido o melhor mês da história desde que o brasil passou a dar as cartas e jogar de mão neste mercado. Pois então, tendo falado já do dos embarques só de carne in natura, a gente vai destrinchar agora o relatório da Abrafrigo, a associação brasileira de frigoríficos, que põe na conta também o produto industrializado. Conforme o relatório divulgado na praça, com base nos dados da Secex, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, foram despachadas lá pra fora 319.386 toneladas da nossa mercadoria.
Este volume representou um fortíssimo crescimento de 34% em relação ao período correspondente do ano passado. Já o dinheiro recebido pelos frigoríficos brasileiros chegou na fantástica quantia de um US$1,38 bilhão, com um aumento ainda mais espantoso de 41%, fazendo a mesma comparação. Repare agora a amiga pecuarista que, pra surpresa de ninguém, a lista da nossa freguesia continuou sendo ponteada pela china que, na soma de janeiro a outubro, já comprou nada menos que um 1.089,670 toneladas, a um custo de US$4.842. A respeito da quantidade, o caso foi de um aumento de 11,2%, pareando com os mesmos meses de 2023, né.
O interessante é que a participação do gigante lá do oriente distante nas exportações brasileiras, que no ano passado tinha chegado a mais da metade do total, conforme é da sabedência geral, agora caiu pra 40,8%, o que quer dizer que, enfim, a gente tá conseguindo diminuir a dependência do nosso maior mas mais complicado freguês neste mercado. A segunda posição na relação dos nossos melhores clientes continuou sendo ocupada pelos Estados Unidos, com a importação de 441.956 toneladas, e um crescimento de 88,8% na comparação anual. E os Emirados Árabes Unidos apareceram de novo no terceiro lugar, comprando 125.659 toneladas, ou 126% do que eles tinham importado no ano passado.