A gente já tá até cansado, no sentido figurado, né, de falar que o mês, o semestre, o ano recentemente passado, foi o melhor da história pra carne bovina brasileira, mas aí não demora nada e com o avançamento do tempo no calendário o nosso mercado pecuário vai logo apresentando novos resultados que antes pareciam impossíveis de serem alcançados. Assim mesmo, a semana passada foi muito especial pro nosso setor exportador, com confirmação pela SECEX, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, de que este julho recém terminado passou a ser o mais novo melhor mês da história. Conforme o relatório divulgado na praça, o volume embarcado foi de 276,879 mil toneladas, com um crescimento de 16,7% em relação ao período correspondente do ano passado.
Já o dinheiro arrecadado pelos frigoríficos brasileiros chegou à espantosa soma de 1,537 bilhão de dólares, o que representou um fortíssimo aumento de 46,9%. E se o faturamento subiu percentualmente mais do que o volume exportado, só pode ser porque o preço da mercadoria aumentou né. No mês passado o nosso produto foi comercializado pela média de 5,551 mil dólares por tonelada, ou 25,9% a mais, na comparação anual. Mas pra adquirir perfeito entendimento a respeito do significado deste movimento, é fundamental que o vivente preste bem atenção na participação dos nossos principais clientes na distribuição dessa imensidão de carne exportada no já histórico julho passado, especialmente no caso dos Estados Unidos.
O gigante nortista foi o nosso segundo maior comprador na primeira metade do ano presente, mas aí veio a barbaridade tarifária decretada contra a pecuária brasileira por aquele desajustado socialmente que é o presidente estadunidense, e o carretão ficou ameaçado de sair do prumo e perder o rumo, né. Pois o que aconteceu foi que o volume despachado lá pro país norte-americano ficou praticamente estável em relação a junho, mas a participação deles no total caiu de 6,8% pra 5,9%. Enquanto isso, vários outros dos nossos clientes aumentaram substanciosamente suas compras, como a China, por exemplo, com uma alta de 14,8%. A conclusão é que, se em tão pouco tempo o Brasil já redistribuiu boa parte do que era exportado pros Estados Unidos, não vai demorar nada pra gente poder dizer até logo e muito obrigado, e dispensar logo de uma vez este freguês ingrato e mal educado.
