Não foi exatamente o que a gente queria e gostaria que tivesse sido, mas também ninguém vai querer fazer reclamação porque foi mais um resultado excelente. O caso que tem pra ser contado é que, conforme já é do conhecimento geral dos companheiros e companheiras boiadeiros, a SECEX, que é a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, divulgou nesta última semana o balanço oficial das exportações de carne bovina em agosto, e o que aconteceu foi que o volume embarcado chegou a 268,6 mil toneladas. Fazendo a comparação com o período correspondente do ano passado, esta quantidade representou um fortíssimo crescimento de 23,5%, mas em relação a julho do ano presente, o caso foi de uma ligeira redução, de 3%.
Sendo assim, no fim este agosto foi, então, o segundo melhor mês da história do nosso setor exportador, tendo merecido estralada de rojão, festa e comemoração, principalmente porque este resultado foi conseguido apesar da agressão tarifária dos Estados Unidos contra a pecuária brasileira, né. Já o faturamento dos frigoríficos fornecedores dessa mercadoria somou US$ 1.504 bilhão, com um espantoso crescimento de nada menos que 56%, pareando com o mês correspondente de 2024. E logicamente que, como a gente sempre fala aqui, se percentualmente o valor arrecadado subiu mais do que o tanto que foi exportado, só pode ser porque o preço também aumentou, como aliás tem acontecido e se repetido praticamente desde o começo deste 2025 que tá em andamento, né.
Repare então a amiga pecuarista que, com o mercado internacional padecendo de forte carestia de carne, os compradores disputaram quase no tapa o produto que iria lá pro gigante nortista mas não foi, e por conta disso a cotação média fechou o mês em US$ 5,6 mil por tonelada, com uma alta igualmente impressionante de 26,3%, na comparação anual. A gente ainda vai precisar de mais prazo de prosa e pensamento pra fazer o destrinchamento dos números apresentados neste relatório e pra adquirir o perfeito entendimento do seu verdadeiro significado, e isso vai ser feito daqui pra frente, né. Mas já tá confirmado que o mundo mudou e o mercado internacional já ficou muito diferente, e só o que tem de igual é que, apesar de tudo, neste terreiro o Brasil continua sendo o ponteiro, e muito na frente dos concorrentes.
