A gente nem precisaria dizer aqui, porque isso já é da sabedência dos companheiros e companheiras boiadeiros que nos dão a honra de ter a sua audiência, mas fazendo uma recordação ligeira, é verdade verdadeira mesmo que os mercados da carne bovina e do gado em pé são perfeitamente diferentes, né. Ainda assim, os mesmos motivos que tão empurrando um no rumo de ribanceira acima também tão fazendo o outro subir em desabalada carreira. O caso que tá sendo passado é que, no mundo inteiro e por várias razões, a redução no tamanho dos rebanhos e a queda na produção tão complicando o abastecimento e, como consequência, tão provocando um forte aumento na demanda pelos produtos brasileiros, tanto que o setembro foi o melhor mês da história pras nossas exportações de carne e o terceiro melhor pros embarques de animais vivos.
Pegando então pra destrinchar o relatório mais recente da SECEX, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, no mês em questão os exportadores brasileiros despacharam daqui pro estrangeiro uma boiada de nada menos que 138,282 mil animais, o que representou um crescimento de 14,4% em relação ao período correspondente do ano passado. Já o dinheiro recebido como pagamento por todo esse gado somou US$ 150 milhões, com um aumento ainda mais impressionante de 47,3%, fazendo a mesma comparação. Fechando agora a soma de janeiro a setembro, o brasil já exportou um total de 790,9 mil cabeças, ou 15% a mais do que nos mesmos meses de 2024.
Neste setembro último quem apareceu ponteando a lista da nossa freguesia no mercado internacional foi o Marrocos, que comprou 25,1% de todo o gado exportado. O segundo lugar foi ocupado pelo Iraque, com 18,7%. Já a respeito dos fornecedores, o estado do Pará, que foi o pioneiro neste mercado, continuou mantendo a tradição e encabeçando a relação, com 59,5% do total, bem na frente do Rio Grande do Sul, com 22,4%. Passando então a régua e arrematando esta abrideira, a companheira pecuarista nem precisa ser doutora especialista em matemáticas e estatísticas pra chegar à conclusão de que, também neste mercado, o 2025 tá muito perto de ser o melhor ano de todos os tempos pras exportações brasileiras.
