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“Quando o setor do leite vai mal, a economia também sofre”, destaca a FAESC

Faesc participa de audiência pública sobre atual cenário da pecuária leiteira

porRedação Terraviva
novembro 5, 2025
in POLÍTICA, TOPO
Preço do leite pago ao produtor cai pelo quinto mês seguido

OKUBO FILHO, Alcides - Arquivo Embrapa

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) participou da audiência pública que debateu a implementação de um contrato futuro de leite no Brasil, como forma de mitigar riscos de mercado, aumentar a previsibilidade de preços e fortalecer a competitividade do setor lácteo nacional. O debate, proposto pelo deputado federal Valdir Cobalchini (MDB-SC), foi realizado na terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, com a participação de parlamentares e representantes do setor de todo o País.

Durante o evento, o vice-presidente da Faesc, Clemerson Argenton Pedrozo, destacou que historicamente a Federação tem acompanhado de perto as questões relacionadas ao leite – um setor que enfrenta crises sucessivas. “Por isso, parabenizo pela realização desta importante audiência pública, assim como cumprimento todos os deputados e senadores do nosso Estado de Santa Catarina, além das demais forças políticas catarinenses engajadas nesse debate. Muitos deles, inclusive, são produtores de leite e trazem para discussão a realidade vivida nas propriedades. Sabemos da importância do leite para o desenvolvimento dos municípios não somente de Santa Catarina como de todo o País e, quando o setor vai mal, a economia local também sofre.”

O dirigente reforçou o apoio da Faesc a todas as sugestões apresentadas, entre elas, a proposta de criação do mercado futuro do leite. “A CNA elaborou um estudo demonstrando que é possível avançar nessa discussão. Quero destacar também o importante manifesto do Conseleite de Santa Catarina (Conselho Paritário formado pela Faesc e pelo Sindileite), que foi apresentado neste evento. O documento representa a união de indústrias e produtores preocupados com a atual realidade da cadeia leiteira do Estado.”

Clemerson Pedrozo ressaltou, ainda, que a Faesc tem recebido diariamente produtores, prefeitos, vereadores e deputados empenhados em buscar soluções conjuntas. “Esse esforço culminou com o manifesto que encaminhamos aos deputados federais, estaduais e ao Governador de Santa Catarina. “Teremos no próximo dia 12 uma audiência pública na Alesc, proposta pelo deputado Altair Silva, e estaremos presentes juntamente com várias lideranças sindicais e forças políticas do Estado para buscarmos uma solução.”

O vice-presidente também ressaltou a importância de ampliar a iniciativa da CNA sobre a questão do dumping, cobrando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) a revisão de sua posição. “Essa é a saída é imediata. É necessário estancar a sangria provocada pelas importações descontroladas, que estão levando a cadeia produtiva à bancarrota. A Faesc segue participando ativamente dessas discussões, reafirmando a força do Sistema CNA/Faesc e Sindicatos Rurais”.

INVESTIGAÇÃO DA PRÁTICA DE DUMPING

O assessor técnico da CNA Guilherme Dias apresentou o histórico da investigação da prática de dumping, contextualizando a petição da Confederação no MDIC e a publicação da circular do órgão que alterou o entendimento anterior, passando a considerar que o leite in natura não é similar ao leite em pó.

Segundo Guilherme, essa decisão preliminar exclui os produtores da possibilidade de defesa em relação às práticas desleais de comércio, trazendo insegurança jurídica para o setor. Após a decisão do MDIC, a CNA apresentou novas provas no processo, contratou um parecer internacional e solicitou a reconsideração da decisão do Departamento de Defesa Comercial (Decom).

“De acordo com a decisão, na nova ótica, o dano deve ser avaliado sobre o leite em pó nacional. Do ponto de vista legal e de políticas públicas, essa decisão não faz sentido, pois os prejudicados pelo dumping são os produtores de leite in natura. Precisamos que o órgão olhe para os produtores com sensibilidade e reconsidere a decisão”, disse.

Em sua fala, Dias destacou que, enquanto o governo avalia a investigação, as importações aquecidas seguem prejudicando o mercado do leite ao produtor e a perspectiva é de quedas constantes até o final do ano, resultando em margens negativas para a atividade.

“Em março de 2025, quando protocolamos o pedido de adoção de direitos antidumping provisórios, houve redução de 16% nas importações de leite em pó no mês seguinte. Após a decisão desfavorável ao pleito da CNA, foi registrado um aumento de 28%. Portanto, há uma correlação clara e evidências de que medidas antidumping têm capacidade de mitigar os impactos das importações de leite”, explicou.

O assessor técnico da CNA ressaltou que a entidade está empenhada em reverter o novo entendimento e restabelecer o curso normal da investigação, garantindo que os produtores continuem amparados pelas ferramentas de defesa comercial, com segurança jurídica, e que a produção nacional se mantenha sustentável e competitiva.

MERCADO FUTURO

Ainda na audiência, Guilherme Dias falou sobre a criação de um mercado futuro do leite brasileiro, como parte das soluções estruturais da CNA para trazer mais previsibilidade de preços ao produtor.

De acordo com Dias, a CNA constituiu em 2024 um Grupo de Trabalho composto por representantes do setor produtivo, cooperativas e indústrias com o objetivo de criar a ferramenta de riscos para o setor.

COMISSÃO

Também na terça (4), a Comissão se reuniu para alinhar com as Federações Estaduais de Agricultura e Pecuária e o setor leiteiro a concentração de esforços para rever a decisão preliminar do MDIC. Ronei Volpi destacou a importância da produção de leite para a segurança alimentar do país e do mundo e que práticas desleais de comércio prejudicam os produtores brasileiros, principalmente os de pequeno porte.

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