O USDA, que é o departamento de agricultura dos estados unidos e vem a ser o equivalente ao nosso ministério lá no governo da norte-américa, acaba de divulgar uma nova atualização da sua previsão pra produção e exportação mundial de carne bovina que tinha sido feita em abril do ano presente, e considerando que às vezes eles acertam a gente tá trazendo aqui pra mostrar pros companheiros e companheiras fazendeiros brasileiros. Pois então, o que veio escrito neste relatório mais recente é que o comércio internacional do produto deve movimentar, agora em 2024, 12,93 milhões de toneladas, ou 4,8% a mais do tinha sido falado antes. E quem vai puxar esse crescimento é justamente o Brasil, que deve embarcar um total de 3,3 milhões de toneladas, com um forte aumento de 12,6%, na comparação do segundo com o primeiro relatório.
Se no final do ano este volume for efetivamente despachado pro estrangeiro pelos frigoríficos brasileiros, o crescimento em relação a 2023 terá sido de 13,9%. Os técnicos nortistas agora tão prevendo também que a oferta mundial de carne vai chegar a 60,75 milhões de toneladas, com um reajuste de 0,6% sobre a primeira previsão, e 1,3% acima da produção do ano passado. E de novo, de acordo com o povo lá de cima, é o Brasil que aparece comandando a banda, com previsão de 11,35 milhões de toneladas, o que daria 140 mil toneladas a mais do que tinha sido dito em abril, e representaria uma alta de 3,6% pareando com 2023.
Pois repare agora o companheiro pecuarista que quem apareceu em segundo lugar na lista dos países que vão aumentar mais a sua produção de carne bovina foi justamente a China, o maior importador mundial do setor e disparado o principal comprador do produto brasileiro. Segundo o USDA, o gigante lá do oriente distante deve produzir no ano um total de 7,8 milhões de toneladas, o que, sendo confirmado, representaria um crescimento anual de 3,6% e seria maior volume da história da pecuária chinesa, que vem registrando uma expansão simplesmente extraordinária. Juntando isso com o recente aperto no orçamento da população, o resultado é que a oferta lá tá maior do que a demanda, e aí fica fácil de entender porque o importador chinês tá descendo o facão derriçador de preço na cotação, né.