Conforme é do conhecimento geral dos companheiros e companheiras fazendeiros brasileiros, lá no estrangeiro o povo também um cavalo que é o rei dos parelheiros e, do mesmo jeito que acontece aqui no nosso terreiro, o tempo vive querendo apostar corrida com ele pra ver qual dos dois é o mais ligeiro. Pois então, com o janeiro já tendo dado o seu lugar pro fevereiro, no mercado internacional de leite e dos seus derivados o carretão continuou embicado na subida do estradão. O caso que tem pra ser contado é que, no primeiro leilão deste mês na GDT, a Global Dairy Trade, que influencia o setor no mundo inteiro, o valor médio dos produtos negociados chegou a US$4.296 por tonelada, o que representou uma alta de 3,7% em relação ao pregão anterior, que tinha sido acontecido duas semanas antes.
A primeira parte da explicação pra este resultado registrado agora é o apertamento na oferta, por conta do trecho final da safra, nos principais países fornecedores, como a Nova Zelândia, que é o maior exportador mundial, os outros da união europeia em geral e os Estados Unidos. E a segunda questão é que, com o avançamento do tempo o aumento da demanda nos maiores importadores de laticínios, com a China puxando a procissão, seguida pelo sudeste asiático e pelos produtores de petróleo do médio oriente e regiões adjacentes. Repare então a companheira fazendeira que o volume de produtos apresentados pra venda neste evento da semana passada ficou em 27,785 mil toneladas, com um forte esmagrecimento de 16%, fazendo sempre a comparação com o derradeiro leilão de janeiro.
Destrinchando então a relação dos derivados comercializados agora, o único que não teve alta na cotação foi a muçarela, que saiu por US$4.157 por tonelada, com um tombo bem ligeiro de 0,1%. Já na lista das arribadas quem apareceu primeiro foi o leite em pó desnatado, que subiu 4,7%, fechando o dia a US$2.835 por tonelada. O leite em pó integral, que vem a ser o derivado mais negociado na GDT em termos de quantidade, ficou bem perto disso, com uma alta de 4,2%, pra US$4.169. E pra arrematar esta abrideira falta só dizer que, com mais esta arribada nas cotações lá no estrangeiro, a previsão é de uma redução das importações das indústrias laticinistas e dos distribuidores atacadistas brasileiros.