A quantidade de animais abatidos é um assunto que é de muito interesse para os boiadeiros do Brasil inteiro. Afinal, esses números impactam diretamente no custo da arroba do boi gordo, no mercado de reposição e na movimentação natural do mercado. Ainda nesse começo de ano, os amigos pecuaristas precisam dessas informações pra entender como pode se desenhar o mercado pecuário no restante de 2025. Um levantamento realizado pela Consultoria Agrifatto mostrou que foram abatidos 2,32 milhões de cabeças em março, com uma queda mensal de 0,10% e aumento de 2,36% em comparação com o mesmo período de 2024. De janeiro a março o número de abates fechou 7,04 milhões de cabeças. Um novo recorde que foi impulsionado pelo forte desempenho dos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
A grande novidade foi nos números dos abates das vacas e das novilhas. Segundo a consultoria foram para o gancho 1,06 milhão de cabeças, o que representa um avanço de 3,55% em relação a fevereiro e de 13,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse foi o mês que mais fêmeas foram abatidas na história. Outro ponto importante que as amigas fazendeiras precisam saber é de que as fêmeas que foram para os frigoríficos correspondem a 45,6% do total abatido. De acordo com o relatório da Agrifatto, fazendo uma análise geral, tudo indica que este tenha sido o pico do abate de fêmeas no ano e que nos próximos meses deve-se iniciar uma desaceleração.
A verdade é que geralmente nos primeiros meses do ano a quantidade de vacas sendo abatidas é maior mesmo e a situação muda completamente em setembro e outubro, quando o abate é majoritariamente de machos. E falando nisso, ao contrário das fêmeas, a quantidade de machos indo para os frigoríficos caiu no mês de março. Foi 1,26 milhão de cabeças, queda de 2,97% na comparação mensal e de 5,3% frente a março de 2024. Sendo assim, fica fácil de entender que, com menos boi no gancho o preço da cotação sobe e no balcão do açougue também.