Conforme a gente tem falado aqui dia sim e outro também e disso os companheiros e companheiras boiadeiros tem perfeito conhecimento, o ano presente tá sendo de forte crescimento pras exportações brasileiras de carne bovina, mas só pro volume exportado, porque o preço do nosso produto lá no estrangeiro tá largado na descida da ribanceira, né. A culpa desta desconjuminação, como também já é da sabedência geral, é da China, que, sendo o ponteiro e maior comprador na lista da nossa freguesia no mercado internacional, acaba tendo forte influência na formação do preço da mercadoria. Aí, com o 2024 já tendo sido vencido na sua metade abrideira, a hora agora é boa pra fazer um balanço do que já foi acontecido até aqui e pra assuntar o que é que se pode esperar, nos seis meses restantes na sua parte arrematadeira, do gigante lá do oriente distante.

Pois então, repare primeiramente o amigo fazendeiro que, de acordo com a consultoria Agrifatto, contando de janeiro a maio e considerando todos os seus fornecedores, a China já tinha comprado um 1 milhão 250 mil toneladas do produto, com um substancioso aumento de 23,4% em relação ao período correspondente do ano passado. Apartando só o maio, as importações chinesas somaram 238 mil e 300 toneladas, ou 30,2% a mais na comparação anual. E o Brasil foi disparado o maior fornecedor, com 100 mil e 300 toneladas no mês, o que correspondeu a 42,1% do total. O segundo lugar ficou com a Argentina, com uma participação de 23%.

Mudando o rumo da prosa e passando pra questão do preço, o valor médio pago no mês passado pelo comprador chinês, considerando aqui, outra vez, todos os seus fornecedores, ficou em 4 mil 740 dólares por tonelada. Pareando com abril deste ano, a queda foi de 2,6%, enquanto na comparação com maio do 2023 o caso foi de um dolorido tombo de 14,2%. Esticando agora a vista pra enxergar logo ali na frente, a previsão dos especialistas é de que o carretão deve continuar largado na descida do estradão, porque os importadores chineses continuam reclamando da redução do consumo e fazendo forte pressão baixista em cima cotação.