Conforme é do conhecimento dos companheiros e companheiras boiadeiros brasileiros, o USDA, que vem a ser o equivalente ao Ministério da Agricultura dos Estados Unidos, tem lá uma equipe de técnicos especializados em fazer previsão a respeito do rumo que o carretão vai pegar no eito em quase todos os produtos da agropecuária importantes não só para eles próprios como também para todo o mercado internacional. Pois então, o que tem para ser contado é que esse pessoal acaba de tirar do forno um estudo sobre o que deve acontecer com as exportações mundiais de carnes em geral nos próximos nove anos, e a conclusão publicada no relatório final foi de que a participação da produção brasileira deve continuar crescendo com constância e substância tanto no boi quanto no porco e no frango, deixando cada vez mais a concorrência na poeira.

O povo do USDA está dizendo que, lá no ainda distante ano de 2033, na soma das três carnes mais consumidas no mundo, o Brasil vai ser fornecedor de 12,890 milhões de toneladas, ou nada menos que 30,3% do total negociado no comércio global. Num prazinho mais curtinho, em 2025, que é o ano que vem, né, o volume exportado pelos frigoríficos brasileiros já deve chegar a 9,83 milhões de toneladas, o que já seria 27% dos embarques destas três mercadorias. Começando então o destrinchamento do papelório pela carne bovina, um terreiro onde o Brasil já é ponteiro faz muitos anos, os analistas da norte américa disseram que as nossas exportações vão ter um crescimento de 27,5% neste espaço de tempo considerado.

Se isto for confirmado, a quantidade despachada daqui para o estrangeiro lá no final do período estudado deve chegar a 3,8 milhões de toneladas, sendo que os países asiáticos, que vão puxar o aumento da demanda mundial, devem ser o destino da maior parte desse gigantesco volume de carne bovina, com a China, encabeçando a lista da freguesia. Ainda segundo os especialistas do USDA, em 2023 o Brasil vai continuar sendo também o maior exportador de carne de frango, com vendas de 6,8 milhões de toneladas, o que representaria uma alta de 31% daqui até lá. Já no caso do suíno, o país deve permanecer no 3° lugar entre os ponteiros do mercado, com um total de 2,3 milhões de toneladas embarcadas e um crescimento de 39% na comparação com a situação atual.