Pecuária

Exportações de carne bovina registram mais uma forte queda no faturamento em outubro

E a China continua derrubando o preço do nosso produto na praça

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Sidnei Maschio

14/11/2023 19:36

Bovinos

Legenda: Abrafrigo divulga balanço das exportações


Fonte: Imagens USP

Pecuária

A Abrafrigo, que é a Associação Brasileira dos Frigoríficos, divulgou nesta segunda-feira, dia treze, o seu balanço das exportações totais de carne bovina do país em outubro, incluindo o produto in natura e o industrializado, e mais uma vez o resultado não saiu do roteiro esperado e repetiu o que tá sendo acontecido mês a mês desde o começo deste dois mil e vinte e três. Conforme relatório distribuído na praça, o volume despachado daqui lá pra fora agora foi de duzentos e quarenta mil, novecentos e quarenta e seis toneladas, o que representou um ligeiro aumento de dois vírgula nove por cento em relação ao período correspondente do ano passado. Já o faturamento dos estabelecimentos vendedores ficou em novecentos e oitenta e dois milhões e seis centos mil dólares, com um forte despencamento de vinte por cento, na mesma comparação.


Fazendo a conta desde janeiro, os frigoríficos brasileiros já embarcaram pro estrangeiro pouco menos de um milhão, novecentos e noventa e nove mil toneladas, com um crescimento mínimo que não chegou a um por cento. Bem diferente foi o caso passado com o dinheiro que a freguesia pagou pela nossa mercadoria, que somou oito bilhões, setecentos e sessenta milhões de dólares, uma redução de nada menos que vinte e três por cento pareando com os mesmos meses de dois mil e vinte e dois. Logicamente que o motivo principal dessa desgraça pelada é a derriçada geral do preço da carne brasileira no mercado internacional. Repare a companheira fazendeira que, na média do ano atual, a cotação ficou e m quatro mil, trezentos e oitenta dólares por tonelada, enquanto nestas alturas do ano passado o valor era de cinco mil, setecentos e vinte e sete dólares por tonelada.


Nem seria carecido dizer, porque isso já é perfeitamente sabido, que a China continua sendo disparado o principal importador da nossa carne bovina, tendo comprado este ano novecentos e oitenta mil e dezesseis toneladas, o que vem a ser sete por cento a menos, na comparação anual. Mesmo assim, o gigante oriental foi o destino de quarenta e nove por cento de tudo o que foi embarcado pela indústria frigorífica nacional agora no vinte e três, tendo pagado por esta quantidade de produto quatro bilhões, setecentos e vinte e três milhões de dólares, com um afundamento de trinta e dois vírgula três por cento sobre o resultado do ano passado. Passando o traço e arrematando a prosa, não dá pra dizer que a gente não tem apreço p elo dinheiro chinês, mas continua sendo muito arriscado depender de um único grande freguês que manda no preço e no mercado.

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