O volume de recursos para a produção agropecuária nacional de médio e grandes produtores, anunciado hoje pelo Governo Federal, chega a R$ 364,22 bilhões, valor que representa um aumento de 27% em relação ao Plano Safra anterior. As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para quem faz parte do PRONAMP (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e de 12% ao ano para os demais.

“Eu não tenho medo de dizer para vocês, que todos os anos a gente vai fazer planos melhores que no ano anterior. Se enganam aqueles que pensam que o governo pensa ideologicamente quando vai tratar de um Plano Safra. Se enganam aqueles que pensam que o governo vai fazer mais ou menos por que tem problemas com o agronegócio brasileiro. A cabeça de um governo responsável não age assim”, disse o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o evento realizado em Brasília.

O Plano Safra 2023/2024 tem como foco a sustentabilidade. Produtores que estão com o cadastro ambiental rural analisado e que adotam práticas consideradas mais sustentáveis serão premiados com a redução de meio ponto percentual na taxa de juros. “Nós não queremos desenvolvimento a todo custo. Nós queremos o crescimento da economia com outros valores tão importantes quanto esse. E eu vejo com muita sustentabilidade de todo setor agrícola nessa mesma direção”, destacou o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O programa ABC, que financia projetos sustentáveis, virou RenovAgro e vai ampliar o apoio a recuperação de pastagens degradas, com taxa de juros a 7%. E o Moderagro, Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais, passa a financiar correção de solo com utilização de calcário, mineralizadores e fosfatagem.

O Plano Safra inclui ainda aumento de 81% nos recursos para a construção de armazéns para seis mil toneladas, e de 61% para armazéns com maior capacidade. Para sistemas de irrigação e construção de reservatórios de água, os valores subiram 30%.